O que é Autismo
- 23 de abril de 2018
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O Autismo (também conhecido como Transtornos do Espectro Autista – TEA), são transtornos que causam problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social da criança. Atualmente, estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo todo possuem algum tipo de autismo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com relação ao Brasil, esse número passa para 2 milhões. Uma pesquisa realizada no ano passado (2017) pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), diz que o autismo atinge ambos os sexos e todas as etnias, porém o número de ocorrências é maior entre o sexo masculino (cerca de 4,5 vezes).
Esse transtorno não possui cura e suas causas ainda são incertas, porém ele pode ser trabalhado, reabilitado, modificado e tratado para que, assim, o paciente possa se adequar ao convívio social e às atividades acadêmicas o melhor possível. Quanto antes o Autismo for diagnosticado melhor, pois o transtorno não atinge apenas a saúde do indivíduo, mas também de seus cuidadores, que, em muitos casos, acabam se sentindo incapazes de encararem a situação.
Nomenclaturas para o Autismo
Com o passar dos anos, o Autismo recebeu diversos nomes para ser representado (Transtorno do Espectro Autista; Condição do Espectro do Autismo; Autismo Clássico; Autismo Kanner; Transtorno Invasivo do Desenvolvimento; Autismo de Alto Funcionamento; Síndrome de Asperger; Demanda Patológica Avoidance).
Atualmente, por conta das mudanças recentes e dos principais manuais de diagnóstico, o termo que abrange todos os outros e que será o mais comumente usado na hora do diagnóstico é o primeiro da lista, isto é, Transtorno do Espectro Autista.
Tipos e Níveis de Gravidade do Autismo
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), existem 3 tipos de Autismo:
- Síndrome de Asperger;
- Transtorno Invasivo do Desenvolvimento;
- Transtorno Autista.
Outros 2 tipos também são anexados a esses, só que dessa vez pelo Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais:
- Síndrome de Rett;
- Transtorno Desintegrativo da Infância.
Entenda melhor o que é cada tipo logo abaixo.
Síndrome de Asperger
A Síndrome de Asperger é a forma mais leve do espectro autista. As crianças que a possuem normalmente se tornam extremamente obsessivas por um único objeto e também se interessam demais pelo seu assunto preferido, podendo discuti-lo por horas a fio, sem parar.
A síndrome afeta três vezes mais os meninos e, quem a desenvolve, normalmente possui inteligência acima da média. Por conta disso, alguns médicos a chamam de “Autismo de Alto Funcionamento”. Em contrapartida, quando esses pacientes atingem a fase adulta, o risco de depressão e/ou ansiedade se desenvolverem é muito alto.
Transtorno Invasivo do Desenvolvimento
Crianças que possuam um tipo de autismo um pouco mais grave do que a Síndrome de Asperger e um pouco mais leve do que o Transtorno Autista são diagnosticadas com Transtorno Invasivo do Desenvolvimento.
Pelo fato dos sintomas desse tipo de transtorno variarem bastante, pode-se dizer que os mais comuns são:
- Interação social prejudicada;
- Competência linguística razoável superior ao Transtorno Autista, mas inferior à Síndrome de Asperger;
- Menor incidência de comportamentos repetitivos.
Transtorno Autista
Todas as crianças que possuam sintomas mais rígidos do que os citados anteriormente possuem o transtorno autista. O funcionamento da capacidade social, cognitiva e linguística é bastante afetado, além de possuírem comportamentos repetitivos.
Síndrome de Rett
Por mais que as crianças com esse problema possuam comportamentos muito parecidos com os autistas, a Síndrome de Rett não está relacionada ao espectro autista. Especialistas dizem que a mutação presente na síndrome acontece de forma aleatória ao invés de ser herdada e ela afeta, em sua maioria, crianças do sexo feminino. A síndrome é caracterizada por alguns itens e aparecem entre o 6º e o 18º mês da criança:
- Para de responder socialmente;
- Torce demais as mãos, o que se torna um hábito;
- Perde competências linguísticas;
- O crescimento da cabeça diminui significativamente e, por 2 anos, é muito abaixo do normal.
Transtorno Desintegrativo da Infância
Esse tipo de autismo é o mais grave de todos os presentes no Espectro Autista, porém também é o menos comum: cerca de 2 crianças entre cada 100 mil são diagnosticadas com Transtorno Desintegrativo da Infância.
Quanto aos sintomas, pode-se dizer que depois de um período de desenvolvimento normal (geralmente entre 2 e 4 anos de idade), a criança com esse tipo de transtorno perde de maneira muito brusca as habilidades sociais, linguísticas e intelectuais. Além disso, essas funções perdidas não são mais recuperadas.
Além desses tipos apresentados, o Transtorno do Espectro Autista também é dividido em graus e você pode verificar quais são cada um deles no seguinte quadro:
Nível de Gravidade | Comunicação Social | Comportamentos Repetitivos e Restritos |
Nível 1 (Leve) | Crianças desse nível costumam ter dificuldade para iniciarem uma interação social com outras pessoas. Além disso, também podem apresentar pouco interesse por essas interações sociais. | A inflexibilidade do comportamento interfere diretamente no funcionamento de um ou mais contexto. As crianças também tem dificuldade significativa em trocar de atividade e problemas de organização e planejamento são obstáculos à sua independência. |
Nível 2 (Médio) | Nesse nível, as crianças apresentam um grave déficit nas suas habilidades sociais, sejam elas verbais ou não. Além disso, também possuem prejuízos sociais mesmo quando recebem apoio e limitações para iniciar algum tipo de interação. | Caracterizado pela inflexibilidade do comportamento, a criança também tem dificuldade em lidar com mudanças, além de apresentarem comportamentos restritos/repetitivos frequentemente. |
Nível 3 (Grave) | Crianças com Autismo de nível 3 tem déficits graves na comunicação verbal e não verbal. Também tem dificuldade em iniciar uma interação social ou se abrir a alguma que parta de outras pessoas. | Quanto aos comportamentos, as crianças em nível 3 possuem os mesmos apresentados pelas crianças em nível 2. |
Causas
Até hoje, as causas do Autismo são inconclusivas e, desde os meados dos anos 1940, a medicina tenta desvendá-las. Devido a algumas pesquisas e estudos voltados ao assunto – que se fazem presente desde os anos 1970/1980 –, acredita-se que o transtorno possui ligações com alterações genéticas.
Hoje, com a evolução gradativa da genética e dos avanços neurocientíficos e neuropsicológicos, os resultados de diversas investigações sobre o Autismo relatam que o transtorno possui associações com mutações genéticas, síndromes, doenças metabólicas, epilepsias e demais transtornos de desenvolvimento.
Há alguma relação entre vacinas e o autismo?
Antes de qualquer coisa, a resposta é: NÃO, não há relação alguma entre o transtorno com o fato de tomar algum tipo de vacina!
A ideia dessa relação surgiu em 1998 quando um estudo sugeriu que a vacina que combate o Sarampo, a Caxumba e a Rubéola (a MMR) pode provocar autismo. Desde então, inúmeras pesquisas foram realizadas e cada uma delas constatou que não há relação entre uma coisa e outra. Feito isso, o estudo foi dado como falso e o médico que o escreveu perdeu a sua licença.
Por mais que haja diversas constatações sobre a informação ser apenas um mito, vários pais ainda ficam receosos na hora de vacinarem os seus filhos o que é de extremo risco, pois essas doenças são contagiosas e, quando uma criança as contrai, pode transmitir rapidamente para outras.
Fatores de risco
Por mais que as causas do Autismo não sejam conhecidas, os cientistas sugerem que alguns fatores desempenham papéis importantes no desenvolvimento do transtorno. Eles são:
- Gênero: Crianças do sexo masculino são mais propensos a terem Autismo. Estima-se que para cada 8 meninos autistas, 1 menina também é.
- Genética: Cerca de 20% das crianças que possuem Autismo também possuem outras condições genéticas, como Síndrome de Down, Síndrome do X frágil, esclerose tuberosa, entre outras.
- Pais mais velhos: A ciência diz que, quanto mais velho alguém ter um filho, mais riscos as crianças tem de desenvolver algum tipo de problema. E com o Autismo não é diferente.
- Parentes autistas: Caso a família já possua histórico de Autismo, as chances de alguém também possuir são maiores.
Mecanismo de acontecimento
Todos os sintomas do transtorno decorrem de algumas mudanças que o cérebro sofre, porém ainda não é conhecido a forma exata de como o Autismo acontece. O seu mecanismo pode ser dividido em duas grandes áreas:
- A patofisiologia das estruturas cerebrais e os processos associados com o autismo;
- A neuropsicologia dos comportamentos cerebrais.
Veja a seguir o que caracteriza cada uma dessas áreas.
Patofisiologia
Diferente de outros transtornos que afetam o cérebro, como o Mal de Parkinson, o Autismo não possui um mecanismo claro, seja ele a nível molecular, celular ou de sistema. Por isso, estudiosos ainda não sabem bem se o Autismo é caracterizado por diversas desordens ocasionadas por mutações nas moléculas ou se ele é um conjunto de doenças que possui diversos mecanismos.
Alguns estudos apontam que o mecanismo do transtorno possui alteração no desenvolvimento do cérebro logo após a sua concepção, o que acaba fazendo com que esse órgão de crianças autistas cresça mais rapidamente do que o normal. Esse crescimento excessivo pode estar ligado a algumas dessas hipóteses:
- Excesso de neurônios que causam conexões em demasia em locais importantes do cérebro;
- Migração neuronal perturbado durante a gestação;
- Redes desequilibradas excitatórias-inibitórias;
- Formação anormal de sinapses e espinhas dendríticas.
Com relação ao sistema imunológico, pensa-se que ele desempenha um papel super importante no autismo. Foram encontradas em algumas crianças que possuem o transtorno inflamações no sistema imunológico periférico e central. Essa interação entre os sistemas imunológico e nervoso se dá ainda no estágio embrionário da criança e acredita-se que isso acontece devido ao uso de substâncias tóxicas ou infecções por parte da mãe. Já quanto aos neurotransmissores, ainda não se compreende muito bem. Supõe-se que a serotonina, produzida por essas substâncias químicas, possui diferenças genéticas em seu transporte, o que acaba gerando a síndrome do X frágil, causa mais comum do Autismo.
Neuropsicologia
Dentro desse grupo, têm-se duas grandes categorias de teorias cognitivas que relacionam o cérebro com o comportamento autista, sendo a primeira delas voltada ao déficit da socialização e a outra às transformações não-sociais.
Primeira categoria
A teoria de sistematização da empatia Simon Baron-Cohen diz que as pessoas autistas podem desenvolver regras internas de funcionamento para manipular acontecimentos que acontecem consigo, porém são incapazes de desenvolver a empatia. Estudos apontam que essa capacidade de ser empático com outras pessoas acontece quando é necessária a compreensão de emoções sociais mais complexas.
Segunda categoria
Essa categoria estuda as funções dos trabalhos da memória, planejamento e inibição. Estudiosos afirmam que o não funcionamento correto dessas funções interferem diretamente nas ações sociais e cognitivas das pessoas. Eles também dizem que há um progresso nessas funções a partir do final da infância para a adolescência, porém não atingem o nível dos adultos que não possuem o problema.
Quais os sintomas do Autismo?
O Espectro Autista é caracterizado pela dificuldade da pessoa em se comunicar e também em interagir socialmente. Além disso, a pessoa que sofre do transtorno tem a tendência de praticar alguns comportamentos repetidamente.
Confira abaixo como cada sintoma interfere na vida do paciente.
Mudanças sociais
Geralmente, crianças entre 2 e 3 meses já observam os rostos próximos, voltam-se para vozes e sorriem. Na questão do autismo, essas ações não acontecem e, quando tem por volta de 8 a 10 meses, essas crianças começam a apresentar alguns sintomas como falta de resposta quando chamadas e também do interesse para com as pessoas ao seu redor.
Além disso, muitas crianças autistas possuem dificuldade em participar de brincadeiras que envolvam um grupo, preferindo brincarem sozinhas. Também podem ter dificuldade em interpretar gestos e expressões faciais do outro, o que faz com que o mundo seja um lugar desconcertante para eles.
Dificuldades de comunicação
Em um desenvolvimento normal de uma criança, a aprendizagem das línguas – tanto verbais quanto através de gestos – se dá desde muito cedo. Um dos primeiros meios de comunicação de um bebê é a fala balbuciada e até o seu primeiro ano, ele já afirma uma ou duas palavras.
Em contrapartida, algumas crianças com Autismo tendem a não balbuciar, falar e também não aprendem a se comunicar com gestos. Outras, por sua vez, possuem atrasos de linguagem e começam a falar apenas alguns anos depois do que seria o normal. Quando a linguagem começa a se desenvolver, a criança autista pode utilizar a sua voz de forma inusitada, ter dificuldade em combinar palavras em frases que possuam sentido ou, ainda, repetir a mesma frase várias vezes.
Comportamentos repetitivos
Comportamentos repetitivos incomuns ou tendência a se envolver em apenas algumas atividades são outros sintomas característicos do Autismo. Dentre os comportamentos, encontram-se ações como mãos batendo, balançar de corpo, reorganização de objetos e repetição de sons e palavras.
Já quanto a característica das atividades restritas, ela pode ser identificada, por exemplo, quando uma criança faz uma fila de brinquedos de uma maneira muito específica ao invés de brincar com eles. Quando a atividade sai da rota que a criança previamente estipulou, normalmente ela se estressa.
Esses interesses extremos podem transformar-se em obsessões, gerando adultos que desenvolvem um interesse muito grande em números, símbolos, datas ou temas da ciência.
Sintomas devido a outras condições médicas
Além dos sintomas já descritos, alguns outros podem se manifestar também, devido a associação que o Autismo tem com outras condições. São eles:
- Doenças genéticas;
- Doenças gastrointestinais;
- Distúrbios convulsivos;
- Disfunção do sono;
- Problemas de processamento sensorial;
- Pica – tendência em comer coisas que não sejam comida.
Diagnóstico
Não há nenhum exame específico para que o diagnóstico seja realizado. Como o Autismo é um transtorno que afeta a linguagem e a interação social, a criança que o possui precisa ser analisada por um grupo de pessoas e profissionais que convivem com ela – incluindo pediatras, psicólogos, professores e os pais.
De acordo com a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), de 2013, os critérios para que um caso de Autismo seja identificado são:
- Inabilidade persistente na comunicação e interação social que se manifesta através de 3 características:
- Déficit na reciprocidade sócio-emocional;
- Déficit no comportamento não-verbal para a interação social;
- Déficit no processo de desenvolver e manter um relacionamento.
- Padrões restritos e repetitivos no comportamento e que são manifestados por, pelo menos, 2 destes itens:
- Fala, movimentos motores ou uso de objetos de maneira repetitiva;
- Adesão excessiva a rotinas, rituais verbais ou não-verbais ou excessiva relutância à mudanças;
- Interesses fixos e altamente restritos que acabam sendo anormais para quem vê de fora;
- Hiper ou hipo-reatividade à percepção sensorial de estímulos ou interesse excessivo para estímulos senso-perceptivos.
Além da observação desses critérios, um exame físico e outro psicológico também podem ser requeridos, bem como uma ferramenta de exame específica, como por exemplo:
- Entrevista diagnóstica para autismo revisada (ADIR);
- Programa de observação diagnóstica do autismo (ADOS);
- Escala de classificação do autismo em crianças (CARS);
- Escala de classificação do autismo de Gilliam;
- Teste de triagem para transtornos invasivos do desenvolvimento.
É importante lembrar que os sintomas do transtorno se apresentam de forma heterogênea, ou seja, cada criança possui um jeito muito particular de ser. Eles variam intensamente quanto ao grau de comprometimento, associação ou não com deficiência intelectual e com presença ou não de fala. Essas variações e o momento do diagnóstico influenciam – e muito – na definição da resposta aos tratamentos e se a evolução dos mesmos está sendo favorável ou não.
Diagnóstico em crianças mais velhas e adolescentes
Quando o autismo é notado após o início da escola, muitas vezes é reconhecido pela equipe de educação da mesma. Dentre os problemas de comunicação que se apresentam nas crianças, podem ser encontrados a interpretação do tom de voz e a dificuldade em entender expressões faciais, figuras de linguagem, humor ou sarcasmo. Além disso, os pais podem achar também que seu filho tem dificuldade em fazer amizade com os colegas.
Diagnóstico em adultos
Em alguns casos, os adultos percebem sinais e sintomas de Autismo neles próprios. Quando isso acontece, normalmente procuram ajuda de um psicólogo ou psiquiatra e esse, por sua vez, irá fazer algumas perguntas referentes às suas preocupações com interação social e desafios de comunicação. Essas informações e o histórico de desenvolvimento da pessoa ajudam na hora do diagnóstico preciso.
Tratamento
Mesmo com todas as pesquisas referentes ao Autismo em andamento, ainda não há um medicamento específico para o seu tratamento, bem como uma cura. Porém, há diversas maneiras para se tratar as funções cognitivas e funcionais da criança desde o momento em que foi diagnosticada. Para isso, uma equipe multidisciplinar é importante, pois cada especialista irá trabalhar em um certo tipo de desenvolvimento.
Nas fase de 0 a 2 anos, o acompanhamento da criança com um fonoaudiólogo é essencial, pois isso irá ajudá-la a desenvolver a linguagem não-verbal. A estimulação pode ser feita através de jogos e brincadeiras, contação de histórias e conversas. Terapia ocupacional e comportamental também são relevantes na hora do tratamento, pois assim o cérebro do paciente passa a perceber os estímulos sensoriais. Não há uma regra específica de tratamento, pois cada criança possui as suas particularidades. Portanto, a equipe multidisciplinar decidirá qual o tipo de tratamento que deve ser abordado.
Dentre essas formas de tratamento, existem alguns tipos de métodos de intervenção, comprovados cientificamente, aos quais os profissionais acabam por se basear. Confira abaixo quais são eles:
TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Relate Communication Handcapped Children)
Visando a independência e o aprendizado da criança, o TEACCH é estruturado para combinar diversas cores e materiais visuais em um único ambiente a fim de organizar a rotina e o sistema de trabalho empregado.
PECS (Picture Exchange Communication System)
Esse método de comunicação é realizado através de troca de figuras e ajuda não só os pacientes que possuem problema e/ou limitações na fala, mas também aqueles que sequer chegaram a desenvolvê-la.
ABA (Applied Behavior Analysis)
Literalmente, a ABA é uma análise comportamental da criança que se embasa nos princípios fundamentais da teoria do aprendizado. Dentro dela, há algumas técnicas e estratégias de ensino que incluem:
- Tentativas discretas;
- Análise de tarefas;
- Ensino incidental;
- Análise funcional.
Uso de medicamentos
Alguns profissionais indicam o uso de certos medicamentos para que os sintomas do transtorno sejam amenizados, porém não há nenhum medicamento específico para o tratamento do Autismo em si. Os problemas comportamentais e/ou emocionais do paciente que podem ser tratados com medicamentos são:
- Agressividade;
- Ansiedade;
- Hiperatividade;
- Impulsividade;
- Irritabilidade;
- Alterações de humor;
- Surtos;
- Dificuldade para dormir;
- Ataques de raiva.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse artigo têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Apoio aos pais
É importante salientar que nem sempre são apenas as crianças autistas que necessitam de acompanhamento. Como os pais normalmente se dedicam intensamente a elas, muitas vezes ficam frustrados e desgastados pelo fato de não poderem ajudá-las de maneira significativa. Portanto, acompanhamento psicológico pode ser efetivo na diminuição da ansiedade e do estresse que enfrentam.
O Autismo tem cura?
Infelizmente, para muitos especialistas no assunto, ainda não há uma cura definitiva para o Autismo. Porém, pelo fato do transtorno não ser de caráter progressivo, há vários casos de pacientes autistas que possuem um nível muito satisfatório de recuperação.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, crianças e adultos autistas podem fazer contato visual com outras pessoas, além de demonstrarem afeto ao sorrir/rir e diversas outras emoções. Algumas, ainda, conseguem manter um emprego de forma responsável, mantém uma relação estável com outras pessoas, casam-se e criam filhos. Mas, mesmo nesses casos, não se pode falar em cura, pois embora o desenvolvimento seja excelente, as características autistas permanecem por toda a vida.
Enfrentando a situação
Cuidar de uma criança autista pode ser, na maioria das vezes, exaustivo não só fisicamente mas também emocionalmente. Para que isso não ocorra, algumas dicas são válidas:
Encontre uma equipe de profissionais de confiança
Algumas decisões sobre a educação e o tratamento de seu filho precisam ser tomadas e, elas, muitas vezes não são fáceis. Portanto, em primeiro lugar, a equipe multidisciplinar que estará em constante contato com a criança precisa ser de confiança e eficiente.
Tire um tempo para si mesmo
Para que o esgotamento seja evitado e, assim, seus relacionamentos pessoais e familiares não sejam afetados, tire um tempo para você relaxar e se exercitar.
Procure outras famílias que também tenham crianças com Autismo
Às vezes procurar ajuda com outras pessoas que também enfrentam os desafios proporcionados pelo transtorno pode ser eficiente, devido aos seus conselhos. Procure ver se não há nenhum grupo de apoio em sua região.
Saiba mais sobre o transtorno
Há diversos mitos e equívocos sobre o Autismo. Portanto, é sempre bom se informar sobre a questão para que você possa ajudar o seu filho da melhor maneira possível.
Mantenha registros de visitas
Seu filho poderá ter visitas de muitas pessoas ao longo de seu tratamento, seja com profissionais ou familiares. Para que isso ajude no desenvolvimento e na monitoração do mesmo, mantenha um arquivo organizado de todas as reuniões e seus respectivos relatórios.
Mantenha-se atualizado sobre novas opções de terapias
A cada ano que passa, pesquisadores buscam encontrar novas tecnologias e terapias para que novas abordagens de ajuda sejam feitas nas crianças que possuem Autismo.
Prevenção
Não há maneiras de prevenir o Autismo. Porém, como já explicado, o transtorno pode ser tratado, fazendo com que as crianças melhorem a sua linguagem e suas habilidades sociais. Caso o seu filho seja diagnosticado como autista, converse com especialistas sobre formas eficazes de tratamento.
Além disso, compartilhe esse artigo com seus conhecidos e amigos, para que essas informações possam chegar ao maior número de pessoas possível!
FONTE: https://minutosaudavel.com.br