Ausência de pacientes às consultas e exames reduz vagas ofertadas a Castilho pelo AME
- 19 de junho de 2017
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Das 74 pessoas que assinaram a lista de presença na I Audiência Pública da Saúde desta nova gestão, nem 10% delas eram membros da sociedade comum – que são o principal alvo deste encontro exatamente por serem os que mais utilizam o SUS.
À Audiência referente aos primeiros quatro meses deste ano de 2017 compareceram basicamente os profissionais de Saúde (Agentes Comunitários de Saúde, enfermeiras, membros do Conselho Municipal de Saúde e representantes do Hospital José Fortuna), vereadores e a imprensa). “Temos que agradecer a presença maciça dos nossos Agentes Comunitários que visitam os lares castilhenses diariamente e poderão, com base naquilo que testemunharem aqui hoje, responder aos questionamentos que muitos cidadãos fazem sem saber exatamente como a Prefeitura tem feito para manter os serviços existentes e aumentar a qualidade do atendimento”, elogiou a Secretária de Saúde Janini Nascimento.
Durante quase duas horas de exposição, números preocupantes como o não comparecimento de pacientes às consultas e exames agendados no AME e CONSAÚDE, o elevado número de consultas médicas registrados tanto no Centro Integrado de Saúde quanto no Hospital José Fortuna (quase 30 mil consultas nos dois em apenas 04 meses) e o sempre crescente número de medicamentos ofertados, ocuparam lugar de destaque nas discussões ao lado dos gastos com transporte de passageiros.
O relatório acusa que somente nestes 04 primeiros meses do ano, o Município investiu quase o dobro do percentual exigido por lei, que é de 15%. “A Lei determina que 15% da arrecadação do Município seja destinada à Saúde. Em Castilho, nossos gastos e investimentos chegaram a 29% de toda a receita municipal”, explicou Janini ao afirmar que a Administração vai muito além de suas obrigações para garantir melhores condições de vida aos cidadãos castilhenses.
CAMPANHAS – A Secretária de Saúde aproveitou a Audiência para lançar duas novas campanhas e reforçar uma terceira, pedindo apoio de todos presentes para divulgá-las com objetivo de atingir o maior número possível de cidadãos.
A primeira delas é para sensibilizar as pessoas a devolverem os medicamentos ainda dentro do prazo de validade e que não foram utilizados após o término do tratamento prescrito pelo médico. “É muito comum o cidadão passar pelo médico duas vezes numa única semana por achar que os remédios receitados na primeira consulta não fizeram o efeito esperado, e aí acumula-se em casa uma medicação que pode fazer muita falta para outra pessoa. Medicamento abandonado é prejuízo para o Município e prejudica a própria população, por isso precisamos do empenho de todos para conscientizar familiares e amigos”, disse Janini.
O objetivo da segunda campanha é manter todos os cadastros dos usuários do SUS atualizados sempre que houver mudança. “Muitas consultas e exames que os castilhenses perdem em Andradina e também aqui é porque não conseguimos contatá-los por telefone ou no endereço indicado. O cidadão precisa criar o hábito de comunicar sua mudança de endereço ou do número de celular sempre que isso acontecer, porque a falta de contato tira a vaga de outras pessoas que podem estar esperando há meses e continuarão na fila simplesmente porque você esqueceu o dia de sua consulta ou exame e deixou de ser lembrado porque também não atualizou seu cadastro. É uma questão de consciência e de hábito sadio”.
A terceira e não menos importante campanha visa o bom uso dos transportes na Central de Ambulâncias. Batizada com o nome #AmbulânciaNãoÉtáxi, ela chama a atenção para pessoas que, mesmo morando na área urbana da cidade, sem problemas físicos para locomoção e nenhum sintoma mais grave que justifique acionar a ambulância, fazem isso e acabam colocando em risco o atendimento de alguma outra pessoa que, em alguma outra parte do município, realmente precise de transporte urgente para salvar sua vida. “Quase todas cidades da região cedem ambulância apenas para levar o paciente até o hospital ou centro de saúde e fazem isso para reduzir significativamente os custos com transporte. Mas o hábito de ir e vir com a ambulância, mesmo significando colocar em risco a vida de outra pessoa, persiste em Castilho e é preciso um trabalho árduo e apoio de toda a sociedade para conscientizar as pessoas”, apela Janini ao bom senso.
As campanhas devem ser iniciadas oficialmente na mídia em breve, assim como todo o conteúdo do relatório apresentado à população durante a Audiência será disponibilizado no site oficial da Prefeitura e para a imprensa através da Assessoria de Comunicação do Executivo.