Bombeira andradinense que combateu incêndio em SP conta como foi o socorro
- 7 de maio de 2018
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Uma tragédia anunciada e, nos bastidores, um jogo de empurra-empurra de culpa entre os governos do Estado e Federal (típico de ano eleitoral) deixou de ser notícia apenas no Brasil, tornando-se o foco das atenções da imprensa mundial na semana passada.
Em meio a tanta dor e sofrimento, o trabalho minucioso e competente do Corpo de Bombeiros chama a atenção e inspira o respeito de todos. O fato ocorreu em São Paulo, mas o que poucas pessoas da região sabem, é que entre estes heróis do Corpo de Bombeiros está uma andradinense que cumpre seu dever na capital paulista.
A Cabo PM Mayra Suzuki encaminhou um áudio à Rádio Independência FM e algumas fotos do local, contando o quê testemunhou durante a ocorrência de incêndio e desmoronamento no centro de São Paulo. Ela relata que estava de serviço quando, por volta de 1h30 da madrugada foram acionados para combater o incêndio.
“Quando estávamos a caminho do local nós já podíamos visualizar muita fumaça. Quando chegamos, o prédio já estava praticamente todo tomado pelas chamas”, contou Mayra. O trabalho de combate ao incêndio mobilizou guarnições do Corpo de Bombeiros de várias partes da capital que se deslocaram em apoio. “Imediatamente foi realizada a evacuação dos prédios vizinhos e seguidamente o combate ao incêndio”.
Segundo ela, o combate às chamas começou pela parte externa e uma hora e meia após a estrutura inteira entrou em colapso, desabando bruscamente. “A nossa preocupação inicial era de que alguns de nossos companheiros Bombeiros tivessem se ferido neste momento, porque estávamos muito próximos do prédio na hora do desabamento, mas graças a Deus, nenhum deles se feriu.”.
A etapa seguinte foi o combate ao prédio ao lado, que também se incendiou devido ao grande calor propagado do edifício que havia acabado de desmoronar. “Utilizamos então uma viatura que chamamos de auto-escada por possuir uma escada de aproximadamente 40 metros, que possibilita este trabalho em ambientes mais altos”.
Quando o incêndio maior foi extinguido, as equipes começaram a entrar no edifício para eliminar os possíveis pequenos focos que ainda tivessem por ali, acrescenta Mayra, que trabalhou desde os minutos iniciais da tragédia até mais ou menos 8h30 da manhã, quando houve o revezamento das equipes para evitar o desgaste físico e emocional. Os Bombeiros que assumiram a partir de então, iniciaram as buscas por possíveis vítimas da tragédia, finalizou Mayra.
ENTENDA O CASO – O edifício, que era uma antiga sede da Polícia Federal, estava ocupado de forma irregular por cerca de 150 famílias. Segundo relato dos moradores à imprensa desde o ocorrido, o incêndio começou na madrugada do dia 1º (por volta de 1h30) – a partir do 5º andar, e rapidamente se espalhou por todos os andares. O prédio possuía 20 andares e, segundo o Ministério das Cidades, apesar de pertencer à União, estava sob a guarda provisória da prefeitura de São Paulo.
O fogo também atingiu prédios vizinhos, mas não há risco de desabamento. Porém uma igreja Luterana, vizinha ao edifício, teve grande parte destruída por conta do ocorrido.
Segundo o secretário de assistência social, 248 pessoas estavam no prédio no momento do incêndio. Até o momento, duas pessoas foram encontradas entre os escombros e a principal suspeita é que um curto-circuito numa tomada tenha provocado o incêndio.
Assista ao vídeo, gravado pela equipe da Record TV, do exato momento em que desaba o prédio em chamas:
https://www.facebook.com/recordtvoficial/videos/10156028380831638/
CRÉDITO DA FOTO04 – Ebc/Reprodução