Em Ilha, Vigilância intensifica cuidados para evitar proliferação do Aedes aegypti
- 24 de janeiro de 2020
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Com a chegada do verão, a Vigilância Sanitária de Ilha Solteira vem intensificando a fiscalização e orientação dos moradores. Mas o apoio da população é fundamental.
A Vigilância Sanitária informou que vem mantendo várias ações de combate ao Aedes aegypti, em todas as regiões da cidade.
“O monitoramento é constante em casas e prédios desocupados, terrenos baldios. Durante as visitas, os agentes de endemias fazem trabalho de educação, orientando a população sobre os riscos das doenças. Além disso, durante o ano são realizadas diversas ações de combate ao vetor, que visam o monitoramento dos níveis de infestação e eliminação dos criadouros. Entre elas estão as visitas domiciliares e a pontos estratégicos, como ferros-velhos e cemitério, e imóveis específicos, como escolas e prédios públicos”, explicou Frank Willians Francieira de Sousa, Chefe de Controle de Endemias.
Risco de Epidemia – Avaliação de Densidade Larvária (ADL), realizada pela Vigilância Sanitária no início deste mês em Ilha Solteira, teve um resultado preocupante, que coloca o município em risco de epidemia de dengue. A ADL, de 4,49, é quase seis vezes maior do que a última realizada em outubro, que foi de 0,83.
Na prática, a ADL é o resultado de larvas encontradas nas residências visitadas pelos agentes da Vigilância Sanitária, seguindo metodologia da SUCEN (Superintendência de Controle de Endemias). Ela também possibilita saber onde há maior predominância de larvas e o tipo de criadouro (recipiente que possa acumular água), mais comum em cada região.
Na ADL, foram visitados 601 imóveis, distribuídos em 122 quadras, de todas as regiões de Ilha Solteira. E o resultado dessa avaliação, chamado de Índice de Breteau (IB), foi de 4,49, o mais alto dos últimos anos. Dentre todos os imóveis visitados, em 27 foram encontradas larvas do Aedes aegypti, que transmite, além de dengue, o zika vírus e a febre chikungunya. No total, foram 31 registros (em alguns imóveis, mais de um).
Vale ressaltar que os casos de dengue registrados em Ilha Solteira em 2019 cresceram em relação em 2018. De acordo com a Vigilância Sanitária, em 2019 foram registrados 612 casos de dengue em Ilha Solteira, quase o dobro dos confirmados em 2018, 325. E já há um caso registrado este ano na cidade.
Como evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da chikungunya
Apesar de serem doenças diferentes, a forma de prevenção da dengue, zika vírus e a chikungunya é a mesma: evitar a proliferação do mosquito, ou seja, erradicar locais de acúmulo de água parada.
A melhor maneira de evitar essas doenças é eliminando os criadouros do Aedes aegypti, como latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, garrafas PET e de vidro vazias, que acumulam água parada, o que é ideal para a procriação do mosquito transmissor da dengue. Se precisar guardar alguns desses materiais, coloque-os em locais cobertos e secos. Garrafas devem ser armazenadas com a boca para baixo.
Também não deixe a água se acumular em vasinhos de plantas e jarros de flores. A dica é colocar areia no prato do vaso.
Caixas d’água, tambores, latões e cisternas devem ficar bem fechados, sem nenhuma fresta, para impedir a entrada do mosquito.
Feche bem os sacos plásticos e mantenha a lixeira bem tampada e seca.