“Não cortamos verba da Apae! Estamos facilitando o atendimento às crianças”, explica Fátima
- 12 de fevereiro de 2020
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Informações distorcidas levaram alguns pais a acreditar que a Prefeitura de Castilho está retirando apoio financeiro à Apae de Andradina. Realidade é totalmente outra
A ideia das crianças castilhenses assistidas pela APAE de Andradina serem atendidas numa unidade da instituição construída dentro do próprio município de Castilho é antiga e já foi amplamente debatida e defendida na Câmara de Vereadores ao longo das últimas duas décadas.
Agora, esta proposta que foi descartada nos últimos cinco anos pelo argumento de que o município não possui crianças em número suficiente para justificar uma unidade da APAE em Castilho, pode estar muito mais próximo de se tornar uma realidade.
Pelo menos é isso que as secretarias municipais de Saúde, Educação e Assistência Social defendem perante a prefeita Fátima Nascimento. Segundo os secretários destas pastas, a APAE de Andradina atende atualmente 70 crianças castilhenses, número este que justifica a criação de uma unidade local da instituição.
CAUTELA
Após analisar a evolução dos serviços prestados pelo próprio Município de Castilho nos últimos três anos, Fátima está convencida de que a proposta é viável e que os cofres públicos do Município possuem recursos financeiros suficientes para viabilizar este projeto. Ainda assim, a Chefe do Executivo municipal mantém a devida cautela antes de tomar uma decisão neste sentido. Mas ela reconhece que este sonho antigo dos castilhenses está muito mais próximo de se materializar agora:
“Hoje já temos praticamente todos os profissionais necessários para dar esse tipo de suporte. Com o trabalho conjunto das secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social, será possível que o sonho de muitos pais castilhenses venha a se transformar em realidade. Assim, os filhos deles não precisarão mais viajar todos os dias e terão a escola mais perto de casa”, argumenta Fátima em Nota divulgada ontem (11) pela sua Assessoria de Comunicação.
AMBULATÓRIO PSICOSSOCIAL
De fato, a estrutura de atendimento psicossocial mantida pela Prefeitura de Castilho é impressionante.
“Hoje nós temos o nosso próprio Ambulatório Psicossocial com dez profissionais especializados que já atendem e continuarão atendendo a população, incluindo os alunos da APAE que atualmente não precisam mais sair da cidade para continuar seu acompanhamento especializado”, completou a prefeita.
A secretária municipal de Saúde, Janini Nascimento, confirma estes números. Segundo ela, Castilho já fornece – através do Ambulatório Psicossocial, o atendimento especializado para suprir as necessidades destes alunos, com uma equipe multidisciplinar composta por profissionais das áreas de fonoaudiologia, fisioterapia, neurologia, terapia ocupacional, psicólogos, psiquiatra, nutricionista, dentista e psicopedagoga.
“Temos profissionais altamente capacitados aqui mesmo em Castilho e as crianças assistidas pela APAE de Andradina são tratadas como prioridade em todas as consultas. Aliás, a mesma psicóloga que atendia esses nossos alunos lá na APAE de Andradina, foi contratada para atendê-los aqui mesmo em Castilho”, destaca Janini.
POLÊMICA
Apesar dos novos planos da Prefeitura para facilitar o acesso destas crianças e seus familiares ao atendimento necessário, informações desencontradas estão gerando certo desconforto e provocando críticas entre alguns pais que desconhecem esta proposta.
Para alguns, a ideia da Administração é cortar a verba destinada anualmente pela Prefeitura de Castilho à APAE de Andradina. Mas a prefeita Fátima garante que não é este o objetivo.
“Não estamos tirando recursos da APAE. Manteremos os mesmos repasses dos subsídios que são aprovados anualmente pela Câmara de Vereadores e nossos alunos continuarão matriculados lá e com a garantia do nosso setor de Transporte de levá-los e buscá-los sempre em segurança”, destaca a prefeita.
Mas, então, o que vai mudar realmente?
Em resposta a esta pergunta, Fátima e Janini são bastante claras:
“Antes de termos todos estes profissionais disponíveis no nosso Ambulatório Psicossocial, a Prefeitura de Castilho pagava estes especialistas via CIENSP [Consórcio Intermunicipal]. Agora, usaremos estes mesmos recursos financeiros para pagá-los diretamente pela Prefeitura de Castilho. Ou seja, NÃO estamos retirando nenhum centavo da Subvenção anual destinada à APAE de Andradina com a aprovação da Câmara”.
A mudança, portanto, está na decisão administrativa e de responsabilidade financeira assumida pela Prefeitura, não se tratando de “cortar gastos” e sim de “aumentar a qualidade do atendimento ofertado à criança”. “Os gastos aumentam, mas a qualidade do atendimento melhora”, acrescenta Janini.
E como funciona aqui?
“Os pais farão o agendamento com os profissionais diretamente no Ambulatório Psicossocial e o especialista que atender a criança, dará um diagnóstico mais rápido. Após avaliação do quadro da criança, o profissional fará todo acompanhamento necessário durante o tratamento”, explica Fátima.
Ela também acrescenta que outro benefício desta medida, é que as crianças não precisarão mais sair do município para comparecer a estas consultas e tratamentos, aumentando ainda mais seus vínculos com pais e responsáveis que até então não podiam acompanhá-las neste tratamento.
Quanto à proposta de Castilho implantar uma unidade local da APAE, Fátima finalizou dizendo que os estudos continuam em andamento e que não há prazo definido para que isso aconteça.
“Só quero assegurar que nossas medidas incluem o bem-estar das crianças e seus pais, que é a nossa prioridade, e não apenas questões financeiras. Portanto, fiquem tranquilos, pois não estamos cortando recursos destinados à APAE de Andradina”, encerrou.