O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, aumentou nesta quarta-feira (26) os juros do país em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 5,25% e 5,50%. A taxa é a maior para o país desde 2001.
Em sua última reunião, em junho, o Fomc havia decidido não mexer na taxa de juros. Antes disso, 10 aumentos seguidos haviam acontecido para tentar conter a inflação. O mercado já esperava uma alta nos juros nesta quarta-feira.
A nota divulgada pelo Fomc nesta quarta-feira é vaga, mas não descarta nova alta na próxima reunião, marcada para setembro. “O Comitê estará preparado para ajustar o ritmo da política monetária de maneira apropriada se emergirem riscos que possam impedir que o Comitê alcance o seu objetivo”, diz o comunicado.
A meta a inflação de longo prazo nos Estados Unidos é de 2%. Mesmo dando sinais de desaceleração, o índice chegou a 3% em junho.
“Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica tem se expandido a um ritmo moderado. A geração de empregos tem sido robusta nos últimos meses e a taxa de desempregado se mantem baixa. A inflação continua elevada”, avaliou o Fomc. “O Comitê está fortemente comprometido em recolocar a inflação nos 2% de seu objetivo”, diz o órgão.
No Brasil, o Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC) se reúne na próxima semana para decidir o futuro da Selic. A expectativa é de queda na taxa de juros.
Desde agosto do ano passado, a taxa básica de juros da economia brasileira está em 13,75% ao ano – descontada a inflação, este é o patamar mais elevado do mundo.
O BC tem sido fortemente criticado pelo governo federal desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por manter os juros altos mesmo diante de melhorias em indicadores econômicos. Em sua última ata, o Copom indicou que deve iniciar o corte dos juros nesta reunião de agosto.
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