A Secretaria Estadual da Saúde afirmou neste sábado que pretende zerar a demanda reprimida de testes para coronavírus que aguardam resultado em duas semanas.
“A gente espera que até o final do mês esteja sendo processado só o que entra (exames novos), e que não tenha mais nenhum atraso”, afirmou Paulo Menezes, coordenador do controle de doenças da secretaria.
O governo diz que, para analisar a demanda reprimida de testes, formou uma rede de 45 laboratórios públicos e privados que, quando estiver em plena capacidade, poderá analisar 8 mil amostras por dia. A rede está sendo coordenada pelo Instituto Butantã.
Segundo o órgão, a estimativa é de que, após zerar a fila, os novos exames que chegarem aos laboratórios da rede tenham seus resultados liberados em 48 horas.
Na sexta-feira, o Estado mostrou que 30 mil testes para coronavírus aguardam resultado em São Paulo.
A pasta disse ainda que quase 9 mil das 30 mil amostras, embora registradas no sistema e descritas em boletim epidemiológico do órgão, não chegaram ao Instituto Adolfo Lutz, pois estão nas unidades de saúde onde foram coletadas, e que o número de testes à espera de resultado na instituição é, portanto, de 21 mil exames.
“Essa é a fila real, mas por que a gente fala em 17 mil? Porque em torno de 4 mil já estão sendo analisadas”, destacou Menezes.
As cerca de 9 mil amostras não recebidas são as que aparecem no boletim com o status de triagem ou encaminhamento.
“As duas situações descritas foram cadastros de solicitações de exames realizados pelas unidades de saúde de amostras que não chegaram a ser encaminhadas para o Adolfo Lutz”, afirmou o coordenador do controle de doenças.
A tabela publicada no boletim epidemiológico, no entanto, apresenta os testes como “realizados pelo Instituto Adolfo Lutz” sem explicitar que foram incluídos no balanço amostras ainda não encaminhadas. A secretaria foi procurada pelo Estado antes da publicação da reportagem sobre os 30 mil testes e não apontou erro na interpretação dos dados. Somente após a publicação da matéria, a pasta afirmou ao Estadão que 9 mil amostras ainda não haviam chegado.
Menezes afirmou que a principal dificuldade para dar vazão aos exames recebidos era a quantidade limitada de kits diagnósticos, problema que deverá ser solucionado com a compra de 1,2 milhão de kits da Coreia do Sul. A primeira remessa, de 725 mil unidades, estava programada para chegar ontem, domingo, 12.
[Fonte: Estadão]
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