O governo de São Paulo anunciou a retomada das obras da Linha 17-Ouro do Metrô, que ligará a região do aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, ao Morumbi.
A construção do monotrilho, que já se prolonga há 12 anos, ganhou um novo prazo de conclusão: primeiro semestre de 2025, com início das operações previsto para 2026.
A empresa escolhida para dar continuidade às obras foi a Agis Construção S.A, que participou da licitação realizada em 2019, na qual o Consórcio CMO se saiu vencedor.
O contrato foi assinado com o Metrô nesta quinta-feira (31) pelo valor de R$ 847 milhões — quantia já corrigida pela inflação da oferta original feita quatro anos atrás.
Em maio deste ano, o governador Tarcísio de Freitas afirmou que haviam três alternativas para seguir com as obras:
Convocar o próximo [terceiro] colocado da licitação;
Realizar um novo processo licitatório;
Passar a concessão da Linha 17 para a ViaMobilidade, em um contrato adicional ao da Linha 5-Lilás, uma vez que ambas as licitações ocorreram na mesma época.
Segundo o Metrô, a alternativa escolhida se mostrou mais vantajosa quanto ao interesse público, considerando os fatores segurança jurídica e celeridade dos trabalhos.
Uma nova licitação levaria mais tempo. E a terceira opção também tinha implicações, uma vez que a ViaMobilidade é alvo de investigação do Ministério Público por falhas na prestação de serviço das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda.
“Não é momento para qualquer celebração porque a sociedade aguarda esta entrega há uma década. É tempo de continuarmos adotando as medidas que a legislação exige, por meio de punição a eventuais condutas das empresas que não cumprem seu compromisso com a população, além de dar as condições necessárias para que a obra seja finalizada pela nova contratada. O conturbado histórico desta obra da Linha 17 exige mais trabalho e menos palavras”, diz Júlio Castiglioni, presidente do Metrô que assumiu o cargo em abril deste ano.
Em 11 de setembro, o governo deve assinar a documentação necessária para garantir a prestação de serviço. A partir disso, a Agis terá 30 dias para iniciar os trabalhos, que envolvem:
Adequação dos canteiros de apoio às obras;
Serviços de acabamentos nas estações;
Construção de vigas de concreto faltantes nas vias e no Pátio Água Espraiada;
Retomada das negociações com fornecedores e fabricantes das estruturas metálicas necessárias no empreendimento (como passarelas, coberturas, esquadrias, etc).
O contrato prevê a execução dos trabalhos em 18 meses, ou seja, se iniciadas em outubro, as obras civis devem ser finalizadas até abril de 2025. Depois, começará uma nova fase, de implementação de sistemas e testes de trens. A primeira composição deve chegar da China no primeiro semestre de 2024. A previsão é de que o público possa utilizar a linha a partir de 2026.
Chama no Whats