Ilha Solteira lança nova ofensiva contra a CESP
- 21 de março de 2018
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Município quer o controle de prédios pertencentes à estatal e que atualmente são utilizados pela UNESP, UNIESP e Clube Seis
Esta semana o município de Ilha Solteira retorna às notícias nacionais para comprovar a elevada capacidade de seus líderes políticos e da própria sociedade em lutar pelos interesses do Município. A cidade que em poucas décadas deixou de ser apêndice de Pereira Barreto para encabeçar grandes lutas contra a CESP e outras esferas do Governo, acaba de convocar seus cidadãos a lutar contra a suposta privatização da Companhia Energética de São Paulo e a consequente perda de vários imóveis da estatal atualmente em uso por diferentes instituições ilhenses.
O chamado do prefeito Otávio Gomes foi prontamente atendido por vereadores, a Associação Comercial e Empresarial, UNESP, AMAIS, Observatório Social, Clubes de Serviços e a imprensa. Juntos, eles traçam estratégias para impedir que uma provável privatização da CESP inclua estes prédios entre os bens patrimoniais a serem vendidos.
A quebra de braços entre a estatal paulista e o governo de Ilha Solteira não é de agora. Começou em 2016 quando a prefeitura iniciou as negociações para que dez imóveis pertencentes à Companhia fossem doados ao Município. Juntos, os imóveis estão avaliados em quase R$ 50 milhões, conforme informações divulgadas esta semana pelas assessorias de comunicação da Prefeitura e Câmara daquela estância turística.
ESTRATÉGIA – Na esperança de fazer a CESP voltar atrás em sua decisão, Prefeitura e Câmara decidiram unir forças à sociedade organizada do município para lançar uma ofensiva definitiva contra a inclusão destes imóveis no processo de privatização. As ações para convencer o governador Geraldo Alckmin a, pelo menos, manter os imóveis em regime de concessão de uso pelo Município e instituições que os ocupam por tempo indeterminado, serão rápidas, já que o mesmo deve deixar o cargo no início do próximo mês para disputar a presidência da República.
A ofensiva começa oficialmente nesta terça-feira (13), quando o prefeito Otávio Gomes estará em São Paulo para tratar sobre o assunto com vários deputados. Na sexta-feira (16) a sociedade organizada aproveitará a visita que Fabrício Cobra Arbex – secretário de Turismo do Estado de São Paulo, fará a Ilha Solteira para promover um manifesto pacífico contra a inclusão dos prédios no processo de privatização da CESP. Enquanto isso, as equipes de Governo da Prefeitura e Câmara agendam para a próxima semana mais uma bateria de encontros políticos na capital paulista visando arregimentar o apoio necessário à sua causa.
IMPACTO – A grande preocupação das autoridades ilhenses é o futuro das instituições que hoje ocupam esses 10 prédios. “O Clube SEIS, por exemplo, pode fechar. E tanto a UNIESP, que hoje possui cerca de mil alunos, quanto a UNESP – que mantém no Centro de Treinamento todo o seu departamento de engenharia elétrica, podem ser seriamente prejudicadas”, afirmam as Assessorias de Comunicação do Município.