Laboratório de pesquisa da Cesp está abandonado em Ilha Solteira
- 5 de setembro de 2017
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Um laboratório todo equipado, que poderia ser usado para pesquisas e experimentos, está abandonado em Ilha Solteira (SP). O prédio é da Cesp, Companhia Energética do Estado de São Paulo, e está sem funcionar há quatro anos. A Unesp já demonstrou interesse pelo local, mas o futuro do prédio continua indefinido.
A TV TEM entrou em contato com a Cesp para saber o motivo da desativação do prédio e se existe alguma possibilidade de o espaço ser doado ao município ou à Unesp, mas ainda não teve respostas.
O laboratório já foi considerado referência no país na área da construção civil, que abriga equipamentos avaliados em mais de R$ 14 milhões. Equipamentos caros esquecidos em um prédio abandonado, de onde saíram experimentos de concreto, por exemplo, que foram usados na construção das principais hidrelétricas do Brasil.
Atualmente, tudo não passa de um local esquecido que tem sido alvo de criminosos constantemente. O mais recente foi um furto de pelo menos 3 mil metros de fios de cobre de uma caixa de distribuição e dez disjuntores. Furto que se soma aos vários outros que já foram praticados ao longo do tempo em que o lugar está desativo.
O laboratório está fechado há quase quatro anos. A Cesp já disse que não pretende reativá-lo, e, com isso, a Unesp, que mantem a faculdade de engenharia civil de Ilha Solteira, tem demonstrado interesse pelo prédio.
A intenção é transformar o espaço em um campo de pesquisa e estágio para os alunos do curso antes que toda essa estrutura que hoje está abandonada, seja toda comprometida.
“Temos o curso de engenharia civil e esses equipamentos são de interesse da universidade que podem contribuir na formação dos alunos. A preocupação é com a transferência desses equipamentos e a manutenção, tanto na infraestrutura e capacidade elétrica”, afirma Sandro Roberto Valentini, reitor da Unesp.
Em 2013, quando a Cesp anunciou o fechamento do laboratório, o espaço até chegou a ser cedido para a universidade, mas o governo do Estado não liberou recursos para contratação de funcionários.
Na época, estudantes indignados fizeram um protesto no local. Depois disso a prefeitura de Ilha Solteira também pediu a Cesp a doação do prédio para o município. Os anos passaram, mas a situação continua a mesma.
“A prefeitura tinha negociação com a Cesp, governo, para viabilizar a doação. O laboratório já foi de referência internacional, seria de muita valia essa doação”, diz o secretário de governo de Ilha Solteira, Rodolfo Martins.
O laboratório, que chegou a ter 400 funcionários, foi criado no final da década de 60 para acompanhar e fiscalizar as obras da hidrelétrica de Ilha Solteira. No local, engenheiros faziam pesquisas e ensaios de qualidade, testes de concreto e investigação de solos. Mais tarde passou a atender obras de usinas de outras regiões do Brasil, como a Itaipu, no Paraná./chegou a ter mais de 400 funcionários.
Fonte G1