Obra que pretende recuperar mobilidade urbana no Centro já começou e deve ser concluída em curtíssimo prazo
- 12 de setembro de 2017
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Apesar do Decreto editado pela prefeita Fátima Nascimento (DEM) fixar o prazo máximo de 120 dias para que o processo de derrubada dos quiosques existentes na Praça da Matriz e o restabelecimento do trânsito nos dois sentidos da avenida Presidente Getúlio Vargas, as obras poderão estar prontas antes mesmo do término deste mês de setembro.
Esta informação foi transmitida com exclusividade ao GRUPO PORTAL na manhã de segunda-feira (04) pelo engenheiro Willian Calestini, titular da Secretaria Municipal de Obras Públicas. Segundo ele, Fátima exigiu agilidade no processo para evitar maiores transtornos aos moradores e comerciantes do entorno.
O Secretário informou ainda que o início da remoção dos quiosques estava previsto para acontecer naquele mesmo dia (04), mas para evitar que o processo fosse iniciado e paralisado em virtude do feriado nacional da última quinta-feira (7 de Setembro), a obra foi adiada para o dia 11. “O maior receio é começar o serviço e deixar as paredes levantadas dos quiosques e o local virar ponto para atividades ilícitas. Segunda próxima [11] começo a desmontar e até na outra sexta estará limpo para vir a aplicação de massa asfáltica”, justificou Willian.
AGILIDADE – O processo inicial foi ainda mais rápido que o esperado. A derrubada em si não demorou mais do que um dia e foi assistida e registrada em fotos e vídeos espalhados pela net por centenas de castilhenses atraídos pela movimentação de homens e máquinas. Até mesmo a prefeita Fátima acompanhou o início da liberação da avenida e ficou satisfeita com a agilidade. Na manhã desta terça-feira, a visão que se tinha é de uma Praça mais “limpa” e inteiramente visível para quem passa pelo local, uma vista aprovada por moradores e comerciantes daquela área.
A previsão da Secretaria é que, a contar do início da remoção dos quiosques (11/09), o processo de restabelecimento do trânsito nos dois sentidos da Avenida – inclusive com a reconstituição asfáltica, seja finalizado em 15 dias. Em outras palavras, no dia 25 deste mês, a Presidente Vargas poderá ter seu trânsito normalizado. Mas já agora, a Praça ganhou maior visibilidade, confirmando as afirmações dos Policiais Militares que endossaram a sugestão de remoção dos quiosques e regularização do trânsito na principal avenida da cidade.
REAPROVEITAMENTO E VANTAGENS – “Os materiais dos quiosques possíveis de serem reaproveitados serão relacionados e guardados para uso em melhoria dos prédios públicos”, informou a Assessoria de Comunicação da Prefeitura em nota divulgada no final de agosto. Entre estes materiais estão centenas de telhas em ótimo estado de conservação e portas. Até mesmo os escombros da construção poderão ser empregados pela Administração na conservação de estradas rurais em trechos de alagamento.
Entre as vantagens da remoção dos quiosques, a prefeita Fátima Nascimento destaca a maior agilidade no pronto socorro médico oferecido pelo Hospital “José Fortuna” devido à reabertura nos dois sentidos da Avenida e a maior visibilidade que os policiais militares em patrulha terão do interior da Praça, contribuindo para redução de atos infracionais. A visibilidade ampliada também coibirá os recorrentes atos de vandalismo registrados nos banheiros públicos da Praça, que já causaram sérios prejuízos à comunidade e aos cofres públicos. Outra vantagem é o aumento considerável no número de vagas de estacionamento, proporcionando maior segurança aos motoristas.
FIM DA NOVELA – “Os oito quiosques estão há mais de quatro anos com a concessão rescindida por não cumprirem cláusulas contratuais da concessão”, salienta a Assessoria de Comunicação da Prefeitura. No início de 2016, o Departamento de Desenvolvimento Econômico e Social decidiu mudar as regras de concessão e, com autorização da Câmara de vereadores, permitiu o uso dos quiosques por uma Associação de Produtores Rurais. A proposta era que eles pudessem comercializar artesanato e produtos do campo, aumentando o volume de negócios e, consequentemente, a renda familiar. Mas a ideia não deu certo, pois apenas três quiosques chegaram a ser utilizados e ainda assim, por um curto período e com horários de funcionamento irregulares.
Ao longo de sua longa e fracassada história, alguns quiosques já foram cedidos também a entidades sem fins lucrativos, mas estas acabaram interrompendo as atividades no local por não possuírem em seus quadros, voluntários com tempo livre suficiente para manter as portas abertas, além do volume de negócios registrado não ser significativo para manutenção de suas atividades.
Assim, em todo este tempo desde a construção, apenas uma das 08 edificações permaneceu em funcionamento quase ininterrupto, testemunhando o fracasso de uma iniciativa pouco planejada para aplicação de parte dos mais de R$ 1,5 milhão destinados pelo Ministério do Turismo e a própria Prefeitura de Castilho ao ousado projeto de Revitalização da Praça da Matriz.
Marco Apolinário – Grupo Portal