De causa desconhecida, a psoríase forma lesões escamosas na pele, que se relacionam ao sistema imunológico do paciente
Dois novos medicamentos foram incorporados ao tratamento da psoríase no Brasil. Aprovados no fim de março pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os remédios são indicados a pacientes com psoríase, que obtiveram, ou não, resultados com os tratamentos anteriores.
O Tremfya, cuja substância é o guselkumab, trata-se de um produto biológico novo, indicado ao tratamento de adultos com psoríase em placas, ou as lesões secas e com escamas na pele.
O medicamento pode ser administrado a pacientes em estágios de moderado a grave da doença, e que são candidatos à terapia sistêmica ou fototerapia.
Já o Otezla, cujo fármaco é o apremilast, é um medicamento sintético também destinado para controle da psoríase crônica em placas, de moderada a grave, e voltado aos pacientes que não tiveram respostas a outros tratamentos, ou que são intolerante a outras terapias sistêmicas ou fototerapias.
Pacientes com artrite psoriásica ativa podem se beneficiar do Otezla, especialmente quem mostrou intolerância à terapia com medicamentos antirreumáticos modificadores da doença.
Psoríase: o que é?
Embora seja uma doença comum – estima-se que ela afete mais de 2,5% da população mundial e 1,5% da população brasileira, segundo dados da Anvisa – a causa ainda é desconhecida pelos médicos especialistas.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a psoríase é uma doença autoimune e que está bastante associada ao sistema imunológico, bem como à suscetibilidade genética e interação com o meio.
Em momentos de maior estresse, por exemplo, a pessoa com a doença pode apresentar os sinais clássicos da psoríase: a escamação da pele. São comuns manchas espessas e escamosas na pele, que surgem em qualquer lugar do corpo e, em casos mais graves, podem acometer também as unhas.
As áreas mais propensas a surgir os sinais da psoríase são cotovelos, joelhos, umbigo, área da barba e couro cabeludo. As placas causam coceira e sensação de queimadura no local.
Os sintomas são aliviados a partir dos tratamentos, que envolvem medicamentos de uso tópico ou oral e terapia de luz. A psoríase não é contagiosa e, infelizmente, não tem cura.
A psoríase evolui em surtos, com períodos em que a doença fica mais aguda e em outros que os sintomas apresentam considerável melhora.
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