Ex-governador perdeu o foro privilegiado ao renunciar ao cargo para disputar a Presidência nas eleições deste ano
Ao renunciar o governo de São Paulo para disputar a Presidência da República nas eleições deste ano, Geraldo Alckmin (PSDB) deixou de ter prerrogativa de foro. Com a alteração, as investigações em andamento contra o tucano na Operação Lava Jato passarão a ser investigadas pela primeira instância.
A solicitação, feita pela Procuradoria da República de São Paulo nesta segunda-feira (9), solicita a obtenção “com urgência” de todos os dados das investigações, “tendo em vista o andamento avançado de outras apurações correlatas sob nossa responsabilidade”.
“Solicitamos a vossa Excelência digne-se de encaminhar a esta força-tarefa, com a maior brevidade possível, todos os feitos judiciais e extrajudiciais relativos à Operação Lava Jato que envolvam o ex-Governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin”, afirma o pedido direcionado ao vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia.
Alckmin é investigado com base nos depoimentos de alguns executivos da empreiteira Odebrecht, que relataram o pagamento de recursos ilícitos que somam mais de R$ 10 milhões para as campanhas do ex-governador. Os valores teriam sido entregues a Adhemar César Ribeiro, cunhado do tucano.
Os pagamentos feitos a Alckmin foram citados nas delações de Benedicto Barbosa da Silva Junior, Carlos Armando Guedes Paschoal e Arnaldo Cumplido de Souza e Silva. O tucano nega ter recebido qualquer valor irregular em suas campanhas.
Além de Alckmin, os ex-governadores Beto Richa (PSDB-PR), Raimundo Colombo (PSD-SC) e Marconi Perillo (PSDB-GO) completam a lista dos políticos citados na Lava Jato que perdem o foro para disputar cargos eletivos no pleito deste ano.
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