Rodarte critica abandono de Piscina Olímpica e cobra retomada da obra
- 7 de fevereiro de 2019
- comments
- Jornal Portal de Notícias
- Postado em AndradinaEsportesPolítica
- 0
Parada há dois anos, “sonho andradinense” foi orçado em quase R$ 3,5 milhões, mas obras praticamente não saíram do papel
O vereador Rodarte Silva dos Anjos (Patriotas), de Andradina, encaminhou um Requerimento à prefeita Tamiko Inoue condenando o abandono das obras de construção da Piscina Olímpica localizada no bairro Benfica, em área próxima ao CEU das Artes e dos Esportes.
O valor do novo e moderno espaço esportivo foi estimado em mais de R$ 03 milhões, em verbas repassadas ao Governo de Andradina pelo Ministério dos Esportes. “O que hoje era para ser uma estrutura que, segundo anunciado pela administração da época, iria permitir treinamentos de alto nível exigidos para atletas do gabarito dos nadadores andradinenses, e a cidade poderia sediar grandes competições estaduais e nacionais, hoje cedeu lugar a uma obra completamente abandonada, tomada pelo mato, servindo apenas como criadouro de pernilongos e mosquitos transmissores de várias doenças, cobras e escorpiões, além de roedores e outros animais peçonhentos”, alerta o vereador que esteve visitando o local recentemente.
As obras tiveram seu contrato assinado em dezembro de 2015, devendo ser executadas pela empresa Roberto Jorge Garcia EPP, da cidade de Palmeira D’Oeste, que venceu a concorrência publica aberta pela Prefeitura. Segundo o contrato, a empresa deveria entregar as obras até fevereiro de 2017. A estrutura inclui a construção de uma piscina de tamanho oficial (50 metros de comprimento por 25 metros de largura, contendo dois metros de profundidade e oito raias com 2,5 metros cada), além da construção do vestiário, casa de máquinas e alambrado.
Passados cerca de 37 meses desde a assinatura do contrato, “o que se vê na distinta área, é apenas a construção de colunas de sustentação, várias vigas de concreto que se encontram amontoadas e cobertas pelo matagal, tapume de zinco no entorno da área a ser construída, alem de uma construção de madeira (essa já completamente destruída) que deveria ser para o armazenamento de material e ferramentas utilizadas para a construção”, relata Rodarte.
No documento encaminhado a Tamiko, ele questiona o motivo das obras não terem sido concluídas, quais foram os valores repassados à construtora até agora, o motivo da paralisação e se a empresa vencedora da Licitação sofreu alguma penalização por parte da atual administração.
As respostas a estes questionamentos feitos pelo parlamentar devem chegar à Câmara nos próximos 15 dias, conforme determina a Legislação.
O QUÊ APURAMOS – Pesquisando inúmeras reportagens divulgadas pela Secretaria de Comunicação de Andradina de 2015 para cá, o JORNAL PORTAL DE NOTÍCIAS apurou que a principal justificativa apresentada pela Administração andradinense para a paralisação da obra foi a troca forçada de Governo da presidente Dilma Rousseff para Michel Temer. Na época, a Prefeitura de Andradina admitiu que poderia haver “alteração no prazo [de conclusão, previsto para março de 2017] devido ao período inativo”.
Ainda conforme o anunciado pela Prefeitura andradinense em novembro de 2015, o investimento global no local seria de R$ 3.341.082,40 milhões. Além das benfeitorias já listadas por Rodarte, divulgou-se à época que o vestiário que deveria compor o conjunto estrutural do projeto teria 286 metros quadrados.
“Para conseguir realizar o sonho de a cidade ter a piscina olímpica para a formação de atletas, o Governo de Andradina contou com o pleito do vereador Marcelo Gimenez (PCdoB), que também acompanhou a retomada da obra e, na época, atuou junto ao deputado federal Orlando Silva (PCdoB), quando ele ocupava o cargo de ministro dos Esportes, e reuniu apoios importantes como do nadador campeão olímpico andradinense, Ricardo Prado”, afirmava reportagem veiculada à época.
FOTOS: Vereador Rodarte/Divulgação