No laboratório do curso de Engenharia Mecânica da UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pesquisadores usaram a criatividade para criar um fogão solar! Idealizado pelo engenheiro Mário César de Oliveira Spinelli, 31 anos, o forno foi feito com MDF, uma chapa com fibras de madeira, espelhos e uma placa de metal, combinação de resina sintética com malha de ferro.
O professor Luiz Guilherme Meira de Souza, que coordena o laboratório, pesquisa energia solar há décadas e afirma que o fogão ecológico desenvolvido na UFRN pode servir como substituto para o botijão de gás. O equipamento desenvolvido na UFRN usa somente sucata, espelhos e outros materiais de baixo custo em sua estrutura. O resultado foi um sistema que transforma a radiação solar em calor, criando um efeito estufa, onde calor é usado para aquecer água, cozinhar, secar ou assar os alimentos.
Nos últimos 12 meses, o preço do botijão de gás aumentou muito, acima da inflação, compromete até 40% das rendas das famílias. O forno solar que teve um custo total de R$ 150 reais, valor equivalente a cerca de duas recargas de botijões de gás, assou nove bolos ao mesmo tempo em uma hora e meia, apenas com a energia solar captada pelo equipamento. Um forno convencional seria vinte minutos mais rápido, mas não teria capacidade para tantas assadeiras.
Durante as fases de testes, foram assados vários alimentos, com por exemplo: pizza, bolo, lasanha e até empanados. O resultado foi satisfatório. Os pesquisadores destacaram que em países da África e da Ásia o governo tem incentivado o uso de fogões solares pela população para diminuir o consumo de lenha e os impactos prejudiciais ao meio ambiente.
No Brasil, o produto poderia ser fabricado em escala se o país investisse em pesquisas de tecnologia social. Mas os estudos que são realizados apontam certo tipo de desinteresse político, industrial e até mesmo acadêmico. Outra sobrecarga no setor, segundo os pesquisadores, é a falta de incentivo. O dinheiro para custear os projetos, garante, é tirado do próprio salário e das bolsas de pesquisa dos alunos.
Segundo o professor, Luiz Guilherme, a energia solar é uma energia social, abundante e renovável, porque está disponível para todos e não acaba. No entanto, é a que menos tem investimentos porque o modelo de sociedade que existe no país sempre busca concentrar a energia e produzir pra vender e no trabalho feito por eles, esse não é o objetivo!
Muitas invenções relacionadas a energia solar estão surgindo, como por exemplo, a lixeira aquática movida a energia solar fotovoltaica que suga até 83 mil sacos plásticos por ano e o painel de vidro fotovoltaico que pode converter energia solar em eletricidade!
FONTE: site Portal Solar
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