Construção de três UBSs interrompida desde 2016 é retomada
- 18 de outubro de 2019
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Após duas licitações sem concorrentes interessados em finalizar as obras, prefeitura consegue firmar contrato; construções já foram retomadas e 1ª UBS pode ser entregue em 60 dias
Esta semana o vereador castilhense Daniel Batista de Oliveira, foi o porta-voz de uma excelente notícia que as centenas de famílias residentes nos bairros Jupiá, Urubupungá e proximidades, esperam ouvir desde junho de 2016. Na tribuna da Câmara, ele anunciou durante a sessão legislativa desta segunda-feira (14), que após três tentativas frustradas pela ausência de empresas interessadas no contrato, a prefeitura finalmente conseguiu contratar uma empreiteira para finalizar a construção da UBS Jupiá-Fazendinha.
Mas a boa notícia não é uma exclusividade daquela comunidade. Segundo informou ao JORNAL PORTAL DE NOTÍCIAS a secretária municipal de Saúde, Janini Nascimento, a construção das Unidades Básicas de Saúde dos bairros Laranjeiras e São Luiz (Assentamento Nossa Senhora Aparecida II) também estão prestes a serem retomadas.
“A de Jupiá foi reiniciada nesta mesma semana. As outras duas estão passando por um levantamento de danos para apurar os reparos necessários e finalizar as obras que já se encontram em estado adiantado”, explicou Janini.
Segundo ela, a expectativa é que a UBS Jupiá possa ser finalizada já neste próximo mês de novembro. As demais, acredita ela, podem ser finalizadas entre fevereiro e março do próximo ano.
Em declaração ao GRUPO PORTAL, Daniel explicou a dificuldade enfrentada pela Administração para retomar as obras: “Sabemos da importância de ter uma UBS aqui [Jupiá], também sabemos da dificuldade para concluir a obra, por isso ‘pegamos no pé’ e cobramos incessantemente. Essa semana recebemos a notícia que após 3 licitações sem sucesso, uma nova licitação foi feita e uma empresa aceitou concluir o projeto. O povo é quem ganha, acredito que ainda esse ano será entregue para a população” declarou o parlamentar.
DIFERENÇA NOS PRAZOS – Os cálculos divulgados inicialmente pela prefeitura confirmam as expectativas de Janini: a UBS Jupiá deve ficar pronta dentro dos próximos 60 dias. Já as unidades Laranjeiras e São Luiz, precisarão de maior tempo: 05 meses cada uma.
O principal motivo para esta diferença nos prazos é a etapa em que se encontra cada obra. A pedido de nossa reportagem, no início de julho deste ano, o secretário de Obras, João Rodrigo Begas Prado, o Pradinho, informou quanto por cento ainda falta para finalizar cada construção.
Para facilitar o entendimento dos leitores, decidimos confrontar o estágio atual com os percentuais divulgados pela gestão passada, no ano de 2016. Confira o resultado: Laranjeiras (2016 = 39,03% concluída / 2019 = 76,91%), Jupiá – Fazendinha (2016 = 83,40% / 2019 = 87,17%) e São Luiz (Assentamento Nossa Senhora Aparecida II – 2016 = 68,86% / 2019 = 89,61% concluída).
Tais números são suficientes para comprovar que o único avanço razoável (e ainda assim muito inferior ao esperado) foi na construção da UBS Laranjeiras. Já na Fazendinha, o avanço foi praticamente nulo.
HISTÓRICO CONTURBADO – Tais obras são fruto de convênios firmados entre a prefeitura de Castilho e a União (Ministério da Saúde) no ano de 2014 para construção de 04 UBSs. Destas, apenas a unidade “Alípio” encontra-se em funcionamento desde o ano passado, graças ao empenho da própria Secretaria Municipal de Saúde.
As demais tiveram suas obras paralisadas antes de 2016 por conta da falência da empreiteira FABEN CONSTRUTORA E ENGENHARIA LTDA, sediada em Fernandópolis-SP. Esta mesma empresa, também deixou inacabadas no município outras três obras: reformas, ampliações e adaptações nas escolas municipais dr. Youssef Neif Kassab e Maria Dáuria Silva Oliveira (no Jupiá), e a Construção da Creche-Escola no Conjunto Alípio Aparecido de Oliveira, que foi recentemente finalizada e entregue à rede municipal de Educação pela prefeita Fátima.
Em 2016, o então prefeito Joni Buzachero contratou por licitação uma nova empresa para dar continuidade às obras das UBSs. Mas, a exemplo de sua antecessora, a construtora J.A. Serviços de Alvenaria Ltda. – ME, da cidade de Ilha Solteira, não conseguiu honrar o contrato, deixando poucos avanços em cada uma destas construções. À época, a proposta financeira apresentada pela construtora ilhense foi de exatos R$ 813.013,58. Menos de um ano após a retomada das construções, os serviços foram novamente interrompidos.
“As empresas contratadas na gestão do ex-prefeito Buzachero não tiveram na licitação exigências e, por isso, participaram empresas desprovidas de credibilidade, ou seja, com frágil capital social, por isso fadadas à falência, trazendo sérios prejuízos aos munícipes, em especial, os mais necessitados”, finalizou Janini.