O dia 17 de maio de 2020, simbolicamente, tornou-se um marco aos proprietários da usina Viralcool em Castilho. Nesta data (último domingo), a empresa bateu o recorde de moagem diária ao moer 15.084 toneladas de cana de açúcar. Esta foi a maior moagem alcançada em 14 anos de operação (a 15ª safra teve início em março).
O empresário José Pedro Toniello é o maestro desta afinada e produtiva orquestra industrial
Enquanto um quarto das empresas sucroalcooleiras do Brasil corre risco de fechar as portas neste ano devido ao coronavírus e a crise do petróleo, conforme matéria publicada em O Estadão, o grupo Toniello busca alternativas para fugir da crise. Antes mesmo da crise atingir o país, a Viralcool já havia se preparado para colher, transportar e moer uma quantidade maior de cana em relação às safras passadas.
Porém, além do recorde na moagem, a empresa se empenha ao máximo na produção do açúcar, tendo em vista que é um produto destinado ao mercado externo. Sendo assim, com o produto vendido em dólar, a empresa consegue se destacar em meio a essa grande crise e manter empregados os seus 2.100 colaboradores.
O empresário Ricardo Toniello, responsável pelo desempenho positivo da empresa em Castilho
Na contramão desses números, o etanol não tem dado o retorno que se esperava. Como a empresa não consegue produzir apenas o açúcar, acaba produzindo o etanol mesmo que a preços baixos.
Para se ter uma ideia da desvalorização do produto, em janeiro a usina chegou a faturar à R$ 2,30 o litro vendido. Hoje o mesmo litro está abaixo do preço de custo, saindo da usina por R$ 1,54. No segundo semestre, a tendência é de queda ainda maior, podendo chegar ao valor de R$ 0,82 o litro.
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