A Secretaria de Assistência, Desenvolvimento Social e Política Sobre Drogas está tomando medidas urgentes para encerrar as atividades da casa de acolhimento de moradores de rua instalada na antiga Casa da Cultura Cora Coralina.
Segundo explica a secretária Silvana Santos, a casa foi criada no governo anterior nos moldes de uma residência, onde são servidos café da manhã, almoço e janta, com banheiros separados para homens e mulheres, e ainda com geladeira, televisão.
“No início, a casa tinha 10 dos 13 leitos preenchidos com pessoas cadastradas. Tudo aconteceu devido à pandemia da COVID-19 e o acolhimento tinha caráter provisório, para atender as requisições sanitárias do Ministério da Saúde (M.S) e Ministério da Cidadania (M.C), no qual, ofereceu-se alimentação, produtos de higiene, vestuários, local de dormitório e outros produtos e materiais necessários para a manutenção da vida”, explicou Silvana.
A secretária afirmou que esse processo supriu as necessidades naquele momento mas, no decorrer do tempo, surgiram alguns problemas que tornaram a casa num ponto graves incidentes. Segundo relatos da equipe técnica do CREAS, alguns usuários da casa tem problemas graves no campo de saúde mental, uso abusivo de álcool e até consumo de drogas.
“O lugar acabou se tornando um ambiente de violência, uso de drogas, brigas, conflitos, e até de pequenos roubos e furtos. A presença da Polícia Militar é constante no local. Do jeito que está o local acaba representando risco à vida e integridade física, não só dos usuários, mas também dos munícipes das redondezas”, afirmou.
O destino da “Casa de Acolhida” foi decidido em uma reunião que contou com a participação do representante da Secretária de Saúde, Carlos Tencarte, da Secretaria Silvana Santos, dos assistentes sociais Luciane Malheiro Dourado e Thiago Agenor dos Santos Lima, da assistente social da Camor (Casa do Morador de Rua) Tamires Cobaixo, do Secretário de Assuntos Jurídicos, Sérgio Mateussi, Guilherme Inácio, Joice Pereira e assistentes sociais do CREAS e do Educador Social da Casa Acolhida, Hairan Nunes da Rocha.
A casa deverá ser desativada já na segunda-feira (11). Ontem (7) os leitos desocupados já foram retirados para que pessoas não cadastradas ocupem o local durante a noite.
Para a melhoria da qualidade de vida dos usuários eles serão encaminhados para comunidades terapêuticas e casas especializadas de acordo com as necessidades de cada um.
“Algumas dessas pessoas – devido ao uso de substâncias psicoativas e problemas mentais, não conseguiram se estabelecer ainda. Então essas medidas são necessárias pra que eles voltem a ter condição de retomarem suas vidas e para isso precisam de tratamento adequado”, disse Silvana.
A secretária salienta que desde que chegaram no acolhimento eles não foram cadastrados nas unidades de CAPS I e CAPS AD, que são núcleos especializados para o tratamento dessas necessidades. A conclusão foi promover a internação involuntária ou compulsória de três dos usuários da casa.
Outros acolhidos serão encaminhados para a CAMOR – Casa de Morador de Rua.
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