Aconteceu na manhã da quarta-feira (19), o encontro virtual promovido pelo professor pós-graduando em Docência para Educação Profissional e Tecnológica, pelo Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, Claudemberg Michael Lima Costa, da Escola Estadual Cícero Castilho Cunha, do município de Sud Mennucci-SP.
Com o tema, “Afinal de contas, o que é consciência negra? Reflexões sobre negritude”, os estudantes, componentes da diretoria da escola, coordenadores, professores e pesquisadores do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, campus Três Lagoas (IFMS), puderam ouvir o Prof. Dr. Guilherme Tommaselli, que é graduado em Ciências Sociais, Mestre e Doutor em Educação, Docente do IFMS, Coordenador do Núcleo de estudos afro-brasileiro e indígenas e do Projeto de Extensão Malungos de Zumbi e Dandara. Também participou do encontro o Prof. Dr. Leandro Passos, graduado em Letras, Mestre em Estudos Literários, Doutor em Letras e Pós-Doutor pela UNESP-IBILCE.
Os alunos puderam interagir pelo chat da transmissão que ocorreu no canal de Youtube do Instituto Federal, e dialogaram sobre consciência negra. O tema é muito pertinente e complementa as discussões promovidas nas aulas de História do professor Claudemberg, em alusão ao “Dia da Abolição da Escravatura no Brasil”, celebrado no dia último dia 13.
Com quase 400 visualizações, o bate-papo foi considerado um sucesso pelo organizador. “Estou com o meu coração cheio de alegria por esse momento tão importante, precioso para a nossa escola, para a nossa prática educativa. Precisamos trazer à tona assuntos como esse e discutir sobre falas racistas que não cabem em uma sociedade que luta pela igualdade”, comentou o Professor Claudemberg em sua fala de agradecimento.
O Prof. Dr. Guilherme levantou questões sobre o privilégio branco e discorreu sobre o que é consciência negra. “Consciência negra é estar consciente da sua própria experiência como sujeito negro ou enquanto branco que não é negro. Um branco pode se conscientizar da negritude estando aberto a ouvir os negros sobre a experiência da negritude”, disse o professor doutor.
“É preciso que todos tenham consciência de que há um apagamento da cultura africana e da cultura afro-brasileira nos espaços escolares, e nós não estamos falando apenas da etapa básica. É preciso que o currículo (escolar) seja repensado nesse país porque essas questões também não são vistas no ensino superior, e principalmente nos cursos de licenciatura”, disse o professor doutor Leandro Passos.
O Prof. Claudemberg agradeceu aos doutores e a direção da escola. “Agradeço imensamente a presença desses dois grandes doutores, docentes do Instituto Federal por trazerem essas reflexões para a nossa escola, e também ao Diretor Valdecir Satin, ao Vice-Diretor José Carlos e a Coordenadora Sarita Payá por nos conceder esse espaço de discussão. Isso mostra uma escola democrática”.
Por: Thiago Miyazaki Simão
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