Como a especulação imobiliária afeta o Seguro Residencial
- 20 de agosto de 2021
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- Jornal Portal de Notícias
- Postado em Economia e Negócios
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Fenômeno no setor imobiliário toca diretamente nos espaços geográficos, na urbanização e no bolso de proprietários e locatários
A especulação imobiliária acontece quando se investe em imóveis – casas, terrenos, prédios, salas comerciais, etc – para obter lucros acima da média na cobrança de aluguéis ou venda.
Muitas vezes, esses imóveis são apenas mantidos e não verdadeiramente usados. Isso acontece porque os proprietários aguardam possíveis melhorias nas redondezas que possam valorizar os bens e encarecer os preços.
A valorização dos imóveis pode alavancar de maneira drástica após modificações que acontecem ao seu redor. Alguns fatores que contribuem para isso podem ser:
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Melhorias na infraestrutura local (pavimento, redes de água, eletricidade e saneamento básico)
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Fácil acesso ao transporte público (abertura de estações de metrô e trem ou rodoviárias)
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Variedade de comércios (supermercados, farmácias, padarias, restaurantes, shoppings, etc)
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Opções de lazer (parques, cinemas, museus, bares, casas de shows, etc)
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Proximidade com áreas corporativas (complexos comerciais, espaços de coworking, etc)
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Proximidades com instituições de ensino (escolas, universidades, etc)
O que fica ao redor do imóvel agrega mais valor ao lote porque oferece mais atividades ao bairro, sendo possível fazer tudo o que for necessário no dia a dia sem precisar se deslocar para muito longe de casa. Isso é um bônus e tanto para os moradores.
A melhora da acessibilidade da região ainda aumenta a sensação de segurança. Locais com mais recursos possuem imóveis mais valorizados e, com isso, as ações de policiamento também são ampliadas.
Assim, uma grande fatia dos imóveis que se encaixam na especulação imobiliária estão inseridos em áreas nobres.
A lógica é simples: quanto mais recursos existem no bairro, mais caros ficam os imóveis. Desta forma, é esperado que pessoas com maior poder aquisitivo consigam comprar ou alugar.
Limites e consequências da especulação imobiliária
É a principal razão pela qual existem tantos imóveis ociosos ou inutilizados em áreas que têm condições positivas de infraestrutura.
Isso impede o uso para a instalação de moradias ou conjunturas que seriam benéficas à comunidade, como hospitais, redes de ensino, centros comerciais, etc.
Quando os terrenos e imóveis deixam de cumprir seu papel social, os bairros e cidades crescem com “buracos” impossibilitados de serem preenchidos.
Para evitar casos generalizados de especulação imobiliária que bloqueiam o uso para fins habitacionais ou produtivos, o poder público impõe algumas medidas que buscam minimizar o acúmulo de imóveis ou terrenos que se encaixam nessa categoria.
Uma delas é a aplicação de mais impostos para quem tem bens sem uso social.
Artigos na Constituição de 1988, regulamentados pelo Estatuto da Cidade (instaurado em julho de 2001), também limitam a especulação e regulam o direito de propriedade das políticas urbanas em razão do interesse público.
Como a especulação imobiliária afeta o Seguro Residencial?
Mesmo que o imóvel esteja localizado em uma região considerada segura, com baixa taxa de criminalidade e alto policiamento, roubos ou furtos não são a única infelicidade que pode acontecer.
Acidentes como incêndios ou explosões são possibilidades que não podem ser descartadas, assim como algum dano elétrico ou até mesmo prejuízos causados por quedas de raios e árvores. Desta forma, se prevenir nunca é demais.
Imóveis que fizeram parte da especulação, e que de fato são valorizados por causa de mudanças que aconteceram nas redondezas, também devem ser protegidos.
É importante destacar que o valor de um seguro vai funcionar proporcionalmente ao valor do imóvel. Ou seja, uma casa mais cara vai ter um seguro mais caro.
Quando os bens, de modo geral – imóveis, carros e objetos – são avaliados em precificação elevada, é natural que a cobrança do seguro também seja maior.
Uma casa que vale 1 milhão não vai ter a mesma apólice de uma que vale 300 mil. Isso porque os custos que a empresa seguradora teria para reparar danos ou repor algum elemento não seriam os mesmos.
Isso não significa, contudo, que o valor de um seguro para residências seja alto. Geralmente, os custos do seguro chegam até 0,4% do valor total do imóvel, atingindo até 1% em casos de cobertura especial.
Para se ter uma ideia, o seguro auto é baseado em 5% do valor do carro.
Leve em conta também que o seguro residencial garante assistência 24 horas para imprevistos domésticos.
Um cano estourou? O chuveiro queimou? A fiação está se comportando de maneira estranha? É só ligar para a seguradora que um profissional qualificado vai ao socorro em qualquer hora do dia.
Colocando na ponta do lápis, o valor do seguro é muito justo para proteger o que é o bem mais valioso para grande maioria das pessoas.
Ainda mais levando em consideração que os gastos podem ser imensamente maiores quando não há essa garantia. Neste caso, o proprietário ou locatário são responsáveis por arcar com todos os custos sozinhos.
De modo geral, a especulação imobiliária pode ser evitada e o melhor a se fazer é tentar acompanhar empreendimentos que supostamente desejam se beneficiar sobre ela.
Já os danos que uma casa pode sofrer, requerem observação dos inquilinos e a antecipação de um serviço especializado.