A preocupação com a saúde mental se tornou pauta principal nos últimos anos, principalmente desde o início da pandemia de Covid-19, que mudou o olhar da humanidade sobre a vida. Em um cenário de incertezas, o que parecia ser a luz no fim do túnel ainda trouxe a tranquilidade necessária: o fim da epidemia e o retorno à vida normal.
Enfrentando uma nova crescente dos casos devido à uma inesperada variante, os rumos de 2022 têm tomado ares incertos. O ano que parecia ser de esperança nos faz reviver situações do passado: medidas restritivas, aumentos de casos, proibição de shows, a volta do home office e o cancelamento do Carnaval. Nesse cenário igualmente conhecido e indesejado, como manter o equilíbrio e a saúde mental?
Essa insegurança, explica o psiquiatra Luan Diego Marques, pode “dar a sensação de desestímulo”. “Principalmente na preparação de planos e metas, algo que é comum após o Réveillon, já que existe uma incerteza sobre o fim da pandemia”, disse ele ao Metrópoles.
O especialista também ressalta que essa pode ser uma reação comum nesse momento, “pois muitos acreditavam que, após a vacinação, medidas restritivas ou preocupações relacionados ao adoecimento ficariam no ano de 2021”, avalia. Essa condição foi a responsável pelo crescente aumento dos quadros de distúrbio de ansiedade e depressão em todo o mundo.
De acordo com estudo publicado pela revista The Lancet, em outubro do último ano, 53 milhões novos de casos de depressão e 76 milhões de ansiedade foram diagnosticados em 2020. O Brasil mostra resultados ainda mais preocupantes já que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o país é o mais ansioso do mundo.
O distúrbio também atingiu o vendedor Jonas Silva, de 35 anos, que precisou buscar ajuda psicológica ainda em 2020. “Eu fiquei sem emprego, pois o bar que eu trabalhava fechou por causa da quarentena. Foi desesperador. Minha preocupação era sempre o dia seguinte e, ao mesmo tempo, eu desacreditava de um futuro melhor vendo muita gente morrer”, revelou.
fonte tnh1.com.br
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