Produção de etanol de 2ª geração vai abrir 200 novos empregos em Andradina
- 6 de novembro de 2023
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O investimento bilionário da Raízen em Andradina e a geração de mais de 200 empregos especializados, foi tema de uma reunião entre representantes da empresa, direção da Fundação Educacional e Governo de Andradina.
Na reunião no Gabinete do prefeito, Mário Celso Lopes, participaram as representantes da Raízen, Ana Silveira e Jessica Beluzzi e a diretora da FEA, Carla Baleroni Guerra.
A empresa já deu início da construção de duas novas usinas no interior paulista que utilizam o bagaço da cana-de-açúcar para obter o combustível. Uma dessas novas plantas é anexa à Usina Vale do Rosário, em Morro Agudo, e a outra na Usina Gasa, em Andradina. As novas unidades terão i investimento de R$ 1,2 bilhão e a capacidade para produzir 82 mil m3 de E2G por ano e gerar mais de 200 empregos novos e especializados.
“Essa reunião é para mostrar a necessidade de criação de cursos ligados a áreas na produção de álcool, já que a oferta de empregos especializados sempre requer u profissional atualizado”, disse Jéssica.
Com essas duas novas usinas em construção, a Raízen terá agora cinco obras de E2G em andamento. As outras plantas sendo construídas estão localizadas nos municípios paulistas de Guariba, Valparaíso e Barra Bonita.
“A empresa já iniciou a construção de duas plantas de etanol de segunda geração, mas pretende ter 20 novas unidades até 2030. Investir nestas carreiras proporcionará um futuro promissão para nossos jovens”, disse o Prefeito.
Entenda
Joint-venture entre o Grupo Cosan e a Shell, a Raízen iniciou a produção de etanol de segunda geração em 2015, na planta industrial anexa ao bioparque Costa Pinto, em Piracicaba (SP). “A Raízen é pioneira e única empresa do mundo a comercializar o etanol de segunda geração em escala global. Costa Pinto é a maior planta de E2G do mundo. Durante o ano safra 2022-2023, produzimos e comercializamos 30 mil m3 do produto”, salienta Pessoa. Atualmente, a Costa Pinto é a única planta de etanol celulósico da Raízen em operação. “O E2G que fabricamos é um produto diferenciado, de alto valor agregado. Praticamente todo o etanol de segunda geração produzido pela Raízen é exportado”.
A maior parte da produção da planta de E2G Andradina já está comercializada para diferentes clientes internacionais. Praticamente toda a produção do E2G é enviada para a União Europeia. Os clientes do E2G da Raízen são, em geral, empresas que se preocupam com a descarbonização e que veem no E2G um produto premium, capaz de apoiá-los no atingimento de suas metas de sustentabilidade.
Por ser fabricado a partir de resíduos como bagaço e palha de cana-de-açúcar, o E2G aumenta em 50% o potencial de produção de biocombustíveis, sem a necessidade de se aumentar a área cultivada.
Como é produzido o etanol de segunda geração
Etanol de segunda geração (E2G) é um biocombustível avançado feito a partir dos resíduos restantes do processo de fabricação do etanol comum (etanol de primeira geração ou E1G) e do açúcar. Quimicamente, é como o E1G, a grande diferença está na forma de produzi-lo. O E2G utiliza biomassa vegetal lignocelulósica, reaproveitando resíduos vegetais – palha, folhas, bagaço, cavaco, entre outros. Enquanto o etanol de primeira geração e o açúcar são produzidos a partir da cana-de-açúcar, o E2G é feito da palha e do bagaço da cana-de-açúcar.
A produção de E2G acontece por um processo tecnológico de pré-tratamento da biomassa, hidrólise e posteriormente fermentação. As estruturas vegetais têm alguns compostos básicos: lignina, celulose, hemicelulose, cinzas e água. A lignina é um composto estrutural de cadeia longa que confere rigidez à planta. Para que se possa produzir álcool, é necessário disponibilizar os carboidratos (celulose e hemicelulose) e, para isso, é necessário quebrar ou soltar a lignina dos demais compostos.