O aumento de casos suspeitos de contaminação pelo coronavírus em Castilho chama atenção para outro dado curioso: alguns pacientes com sintomas da doença e também os seus parentes do mesmo núcleo familiar – colocados em isolamento domiciliar enquanto aguardam resultados dos exames por parte do Instituto Adolf Lutz, não estão nem aí para os próprios riscos que correm e muito menos para o risco que oferecem à vida de outras pessoas.
Por isso, temendo que o número de casos positivos e até mesmo suspeitos possa subir descontroladamente, a Vigilância Epidemiológica de Castilho emitiu um Comunicado no final da tarde desta segunda-feira, 06, prometendo fiscalização mais rígida aos pacientes isolados.
Até sexta-feira da semana passada, 03 de julho, haviam sido registrados quatro boletins de ocorrência por descumprimento ao isolamento domiciliar.
“Devido ao aumento do número de suspeitos (mais 260 conforme o último boletim epidemiológico), a partir desta semana, esse acompanhamento do isolamento domiciliar será realizado pela equipe de atenção básica ou ESF da área do morador através de contato telefônico e visitas domiciliares”, alerta Naira de Deus, enfermeira da Vigilância Epidemiológica do município.
Segundo ela, caso os suspeitos e ou familiares não estejam no domicílio, a equipe de saúde registrará o boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil, como já vem ocorrendo. Vizinhos ou parentes que tenham conhecimento sobre a pessoa que está isolada poderá fazer denúncia anônima.
Por questões de ética e sigilo de protocolo do paciente, a Vigilância Epidemiológica não pode divulgar nomes dos suspeitos e nem dos que estão com o vírus confirmado. Mas isso não dá direito a eles de desobedecerem o isolamento, ainda que estejam no anonimato público.
O artigo 268 do Código Penal é bem claro aos que insistirem na desobediência: “Infringir determinação do Poder Público, destinada a impedir a introdução ou propagação de doença contagiosa está sujeito a pena de detenção de um mês a um ano e mais multa”.
Levantamento dos últimos três meses aponta que junho foi o mês com maior número de casos na cidade. Em abril, dos 25 suspeitos, apenas um deu positivo. Esse paciente reside no bairro Rio Paraná. Já no mês de maio, entre os 64 suspeitos, o número de positivos subiu para 07, sendo quatro moradores do Centro, um do Laranjeiras, um do Houssome e um do assentamento Primavera. No mês de junho foram registrados 178 suspeitos, dos quais 20 positivos (2 Laranjeiras, 2 Centro – um deles isolado em Campinas, 1 Nova Iorque, 3 Leão I, 1 Rio Paraná, 3 Nova Alvorada, 6 Urubupungá e 2 São Luiz).
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