Desvalorização é causada por um ajuste após a alta na véspera; Bolsa opera em queda
RIO — Após uma véspera de fortes ganhos, o dólar comercial opera com queda de 0,52% nesta quarta-feira, valendo R$ 3,811. Na avaliação de analistas do mercado financeiro, este movimento de desvalorização é um ajuste após o pregão desta terça-feira, no qual a moeda americana terminou os negócios valendo R$ 3,83, maior patamar desde 5 de outubro.
Na Bolsa, o dia é de perdas. O Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, registra queda de 0,22%, aos 84.727 pontos. Bancos e estatais contriuem para queda.
Em escala global, a moeda dos EUA também recua. O Dollar Index da Bloomberg, que mede o o comportamento da divisa americana frente a uma cesta de dez moedas, recua 0,23% nesta manhã.
Outro fato que contribui, em menor escala, para o alívio no câmbio é a ventilação de nomes sobre a equipe econômica do futuro governo. É possível que o futuro ministro da Economia Paulo Guedes escolha Roberto Campos Neto para a presidência do banco Central (BC).
O que motivou a subida na véspera foi a cena interna. O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse que o texto sobre a reforma da Previdência deve ser votado apenas em 2019, comentário que foi recebido negativamente por parte dos investidores. Os analistas pontuaram que a fala geou uma quebra de expectativas no mercado.
Nesta véspera do feriado da Proclamação da República, as principais ações operam em queda. Os papéis orninários (ON, com direito a voto) e preferenciais (PN, sem sideito a voto) da Petrobras recuam 0,74% e 0,94%, respectivamente. Outra estatal que performa mal é a Elerobras. Suas ações ON caem 1,29%, enquanto os papéis PN têm perdas de 2%.
Os bancos, de maior peso no Ibovespa, operam de forma mista. As ações ON do Banco do Brasil avançam 0,11%, enquanto as do Bradesco recuam 0,32%. Os papéis PN do Itaú Unibanco têm valorização positiva de 0,07%.
Entre tantas perdas, quem segue o caminho inverso é a JBS, cujas ações sobem 5,07%. A alta é motivada pelo balanço da gigante de proteína animal, que registrou receita líquida de R$ 49,4 bilhões.
Fonte O GLOBO Economia.
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