Terminou ontem (28) o período de defeso da pesca continental – política pública necessária para a sustentabilidade dos recursos pesqueiros e que está em vigor desde 1º de novembro de 2019.
A medida, que ocorre desde 1967, proíbe a pesca em rios e represas do Estado de São Paulo, a fim de proteger os peixes nativos que fazem a piracema, processo de migração anual realizado por várias espécies nativas para desovar nas cabeceiras das bacias hidrográficas.
A reabertura da atividade a partir de hoje (29 de fevereiro) está sendo esperada por todos; sobretudo pelos praticantes da pesca artesanal profissional e amadora/esportiva. Na reabertura da pesca ocorre, tradicionalmente, grande movimento de pescadores para os principais pontos de pesca, sendo comum encontrar centenas e até milhares de pescadores indo para a água nesta ocasião. É muito importante que todos respeitem as regras e evitem a poluição, para que os rios e represas continuem a oferecer peixe em abundância às atuais e futuras gerações.
Durante o defeso, quem descumpre a determinação recebe multa pela prática ilegal e pela quantidade de peixe capturada. É muito importante o trabalho de fiscalização para preservar as pescarias que garantem o sustento dos pescadores profissionais e o lazer de pescadores esportivos.
Entre as espécies protegidas estão os Dourados, Curimbatás, Piaparas, Lambaris e diversas outras espécies nativas que vivem nos rios paulistas. Além de constituírem fonte riquíssima de nutrientes de alta qualidade, são muito apreciadas na pesca esportiva, que vem se destacando no interior paulista como uma importante força que impulsiona o setor do turismo, gerando renda e disseminando a importância da preservação dos peixes e da qualidade das águas no Estado.
“Neste período os peixes ficam muito vulneráveis à pesca, por estarem se deslocando para áreas mais rasas e estreitas dos rios para a desova. Por isso, proteger é necessário para garantir a reprodução e impedir que os estoques pesqueiros diminuam ao longo do tempo”, explica o pesquisador científico Gianmarco Silva David, do Instituto de Pesca/APTA, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Ele destaca também que a manutenção da qualidade da água em rios e represas é fundamental para a produção de peixes saudáveis e saborosos.
[Foto: PxHere; Fonte: Com informações do CECOM – Centro de Comunicação e Transferência do Conhecimento, do Instituto de Pesca do Estado de SP]
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