Absenteísmo elevado obriga Pereira Barreto a estudar estratégias de conscientização
Apenas no mês de setembro, faltas dos pacientes às consultas da Atenção Básica e de especialidades, somaram mais de 1200 ausências
Enquanto os municípios de todo o país se esforçam para assegurar o acesso dos pacientes aos serviços de Saúde Pública, a falta de consciência de muitos usuários destes serviços segue na contramão desta realidade, minando tais esforços e alimentando o ciclo vicioso das longas filas e esperas prolongadas para conseguir consultas e exames.
Esta situação também é uma realidade no município de Pereira Barreto, onde o prefeito Joãozinho anunciou que estuda medidas para reduzir o absenteísmo (falta às consultas e exames). O anúncio aconteceu na última sexta-feira (1º), após o Chefe do Executivo reunir-se na Sala de Reuniões do Paço Municipal “Francisco Vidal Martins”, com médicos e profissionais que atuam na área da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde.
Segundo o noticiado pela Assessoria de Comunicação da prefeitura pereira-barretense, para combater estas ausências, a Secretaria de Saúde do Município já tem divulgado nas UBSs, o número de consultas que acabam sendo perdidas por conta das faltas.
Um exemplo simples divulgado pela mesma fonte, pode exemplificar o problema enfrentado pelo Governo de Pereira Barreto neste aspecto: “só no mês de setembro, o número de pessoas que faltaram às consultas, somou mais de 1200 pacientes, dos quais, 967 foram na Atenção Básica e 259 nas especialidades médicas”.
Quando o paciente deixa de comparecer aos exames e consultas, perde a oportunidade de obter um diagnóstico rápido de eventuais problemas de saúde, além de tirar a oportunidade de outro paciente ter sua consulta ou exame agendado mais rapidamente. Outro problema é que os custos desta falta de consciência recaem nos cofres públicos:
“Com isso, a prefeitura deixa de contratar mais profissionais, adquirir mais medicamentos, investir na melhoria da estrutura física das UBS, dentre outras políticas que acabam não podendo ser desenvolvidas dentro da área da Saúde”, alerta o prefeito Joãozinho.
CASTILHO – Como dito no início desta reportagem, a ausência de pacientes às consultas e exames agendados previamente não é um problema exclusivo de Pereira Barreto. Em Castilho, a Secretaria de Saúde tem chamado a atenção para este problema em cada uma das Audiências Públicas realizadas nos últimos três anos, além de introduzir novas estratégias de conscientização e dar ampla divulgação sobre as consequências que estas faltas acarretam para todos os cidadãos.
“Além de comprometer novos investimentos na contratação de profissionais, medicamentos, equipamentos, melhora da infraestrutura e prejudicar outros pacientes que aguardam nas filas de espera, o absenteísmo também pode reduzir o número de vagas disponíveis para cada município no CROSS e no AME, por exemplo”, explica a secretária de Saúde castilhense, Janini Nascimento.
Em abril deste ano, o CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) comunicou às secretarias de Saúde de toda a região medidas mais rigorosas para combater as ausências às consultas, exames e demais procedimentos agendados (Confira reportagem divulgada por nossa equipe à época: http://jornalportaldenoticias.com.br/2019/04/04/agendamentos-serao-excluidos-do-sistema-cross-se-pacientes-nao-atenderem-telefone/).
Apesar destes esforços, tanto dos municípios quanto dos órgãos que controlam e distribuem tais vagas na região, a conscientização da população ainda é o grande desafio para vencer o problema.
