Apesar de atingir diretamente dois hospitais paulistas, de cidades com ligações entre profissionais de saúde e estudantes universitários de Medicina, a operação da Polícia Civil paulista que prendeu 12 pessoas, há uma semana, em Fernandópolis, Araçatuba, Andradina e Jales, não possui investigações em Três Lagoas. A polícia apura casos de corrupção e possíveis desvios de recursos da saúde por hospitais filantrópicos.
Publicações que apontam investigações em Três Lagoas dão informações falsas, segundo policiais envolvidos nas investigações.
O delegado Ailton Canato, responsável pelo caso, prefere não dar entrevistas. O nome da operação faz referência a Hígia, deusa da saúde, segundo a mitologia grega.
Os acusados pelos crimes estão presos na cadeia de Guarani d’Oeste, a 20 quilômetros de Fernandópolis. Todos tiveram bens bloqueados para possível ressarcimento de R$ 50 milhões, que teriam sido desviados.
Entre os investigados estão os ex-provedores da Santa Casa José Sequini Junior, Diomar Pedro Durval, Geraldo de Carvalho e Sandra de Godoy. Fábio Obici e Sebastião Silva, diretores da Santa Casa de Andradina e uma empresa da cidade que administrou os hospitais por quatro anos, estão entre os presos.
Ordens via celular
A Polícia Civil de Fernandópolis fez novas diligências para apreender celulares e conduzir um funcionário do AME e Lucy Montoro, que supostamente, estava recebendo ordens via celular de uma outra pessoa que não estava envolvida no esquema.
A empregada doméstica da ex-diretora teria sido usada para passar orientações aos funcionários dos órgãos de saúde.
Ela também foi conduzida à Delegacia Seccional de Polícia de Fernandópolis para ser ouvida.
Ainda não há informações sobre possíveis prisões.
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