Câmara de Nova Castilho é a mais cara da região Noroeste
Na microregião de Andradina, Nova Independência lidera o ranking dos Poderes Legislativos mais caros, com cada vereador custando o triplo dos andradinenses
A jornalista Julia Smanioto, escreveu na edição de hoje (terça-feira, 1º de Setembro) do jornal Folha da Região, uma reportagem reveladora a respeito dos valores gastos por cada um dos 43 municípios que compõem a região administrativa de Araçatuba, para manter suas respectivas Câmaras de Vereadores.
A reportagem utiliza dados disponibilizados pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) e calcula o custo de cada um destes vereadores em relação ao número total de habitantes, conforme o último levantamento do IBGE.
Neste cenário de nossa macroregião, Julia destaca a Câmara de Nova Castilho como “A MAIS CARA DA REGIÃO”:
“Cada um dos 1.267 moradores da cidade paga, do próprio bolso, R$ 656,72 para manter a Câmara local, que tem nove vereadores. Entre maio de 2019 e abril de 2020, o Legislativo local consumiu R$ 832.068,25 em recursos. Para efeito de comparação, em Araçatuba o custo per capita é de R$ 109,68, com gasto total de R$ 21.608.184,18”, destacou a reportagem.
Julia explica que o TCE-SP faz as contas deste levantamento com base em “gastos empregados no custeio e no pagamento de pessoal”, efetuados pelas Câmaras Legislativas dos 644 municípios fiscalizados pela Corte paulista, entre maio de 2019 e abril deste ano.
Os números compõem a ferramenta ‘Mapa das Câmaras’, que está disponível para qualquer internauta no site do tribunal, que você pode acessar através do seguinte link: https://painel.tce.sp.gov.br/pentaho/api/repos/%3Apublic%3ACamara%3Acamara.wcdf/generatedContent?userid=anony&password=zero.
MAPA DA MACROREGIÃO
O Levantamento feito pela reportagem da Folha da Região, com base nos dados do Tribunal, mostra que entre os 43 municípios da região administrativa de Araçatuba, a Câmara de Nova Castilho é a mais cara por habitante.
Nova Castilho também figura como segunda no Ranking Estadual das 10 Câmaras Municipais com maior custo Per Capita (Despesa com Pessoal e Custeio dividido pelo número de habitantes registrado no último levantamento do IBGE).
A ‘mais barata’, de acordo com este mesmo levantamento, é a de Mirandópolis, que tem nove vereadores e teve custo anual de R$ 55,74 para cada um dos 29.564 moradores.
A reportagem destaca ainda que entre as cidades da região com mais de 50 mil habitantes, Penápolis registra um dos menores custos. No período pesquisado, o legislativo penapolense, composto por 13 vereadores, consumiu R$ 3.538.226,75 em um município com 63.407 moradores. Isso faz com que o custo per capita local seja de R$ 55,80. Birigui também tem um custo considerado baixo, com custo de R$ 62,24 por morador. O município tem 123.638 habitantes e pagou R$ 7.695.665,76 no período para manter os 17 vereadores.
Confira a tabela regional organizada pela Folha:
MAPA DA MICROREGIÃO
Seguindo o mesmo processo de Julia, o JPN – Jornal Portal de Notícias fez um levantamento para indicar o TOP 10 entre as Câmaras Municipais das cidades na região de Andradina que compõem nossa área de cobertura. Elencamos neste ranking as 10 Casas Legislativas mais caras conforme seus custos em relação ao número de habitantes.
Neste cenário, a maior cidade do grupo é Andradina que, apesar de também possuir o maior número de cadeiras no Legislativo, proporcionalmente à sua população, é a Câmara “mais barata” de todas, com gasto per capita de R$ 118,99.
Em contrapartida, Nova Independência que é a segunda menor cidade em número de habitantes neste ranking, é também a que possui a Câmara de Vereadores mais cara dentre todas: lá, os 09 vereadores custam TRÊS VEZES MAIS à população do que o Legislativo da Terra do Rei do Gado (Andradina).
Cada vereador da Câmara Municipal de Nova Independência custa três vezes mais para cada cidadão do município que os vereadores de Andradina
O ranking listado abaixo segue destacando que – excetuando-se Castilho, que figura na 4ª posição e possui a quarta maior população dentre as 10 cidades consideradas neste levantamento, as cidades da região com menor número de habitantes, são também aquelas que mais gastam para manter suas respectivas Câmaras Municipais.
Confira cada um destes dados na tabela abaixo:
| Ranking | Cidade | População | Nº. Veread. | Custo |
| 1ª | Nova Independência | 3.969 | 09 | R$ 365,68 |
| 2ª | Itapura | 4.906 | 09 | R$ 221,76 |
| 3ª | Suzanápolis | 3.963 | 09 | R$ 204,61 |
| 4ª | Castilho | 21.006 | 11 | R$ 201,68 |
| 5ª | Murutinga do Sul | 4.486 | 09 | R$ 161,61 |
| 6ª | Sud Mennucci | 7.718 | 09 | R$ 157,22 |
| 7ª | Ilha Solteira | 26.686 | 09 | R$ 139,87 |
| 8ª | Pereira Barreto | 25.669 | 11 | R$ 126,30 |
| 9ª | Guaraçaí | 8.323 | 09 | R$ 123,59 |
| 10ª | Andradina | 57.157 | 15 | R$ 118,99 |
ESTADO
De acordo com o TCE-SP, com plenários que vão de nove a 33 ocupantes, as Câmaras Municipais paulistas abrigam 6.921 vereadores e representam os interesses de uma população estimada em 33.667.026 habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O custo do Poder Legislativo nos municípios, no período de 12 meses, atingiu um montante de R$ 2.890.383.896,39 – o que representa uma média per capita de R$ 85,85 por habitante no Estado.
Com 837 moradores, o município de Borá (localizado na região de Presidente Prudente e distante cerca de 250 km de Andradina) contabiliza o maior valor despendido por número de habitantes. A Câmara Municipal custou R$ 726.431,16 entre maio de 2019 e abril de 2020 frente a uma arrecadação da ordem de R$ 482.429,16. A média per capita, neste caso, é de R$ 867,90 para cada cidadão.
